CAPÍTULO 12

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Dirigindo pela estrada, estou tão ansiosa.

Chego na vizinhança do Nathan e dirijo até a sua casa.

Parece haver alguém em frente à sua residência, de pé na calçada.

É ele.

Eu me aproximo e estaciono o carro.
A janela da casa dele está apagada, parece não ter ninguém.

Ele chega até a porta do meu carro, abre e entra.

Nossa... Ele está muito cheiroso com o cabelo úmido e sua roupa é: uma blusa maneira e uma jaqueta de couro preta.

Nathan está ajeitando o botão da calça jeans escura, subindo o zíper.

Acho que ele saiu tão depressa que se esqueceu de subir.

Isso é engraçado, ao mesmo tempo sensual.

Desvio o olhar, contando minha vontade de sorrir.

Sobre a Quinn, eu não sei, mas eu gostei.

Nathan nota que eu estou olhando e abre esse sorriso largo.

— Olha só ela. Está de cabelo mais solto e de vestido acima dos joelhos. — ele diz e eu solto risos bobos. — Não vai sentir frio?

— Numa casa cheia de gente chacoalhando? Eu acho que não. — deduzo.

Ele ri.

— Gostei. — ele diz, voltando a olhar para minha vestimenta. Isso foi um elogio? — Onde você comprou esse vestido?

— Não comprei. Meus pais que me deram para algum ocasião especial.

— Humm. — Nathan assente lentamente, enquanto olha para a frente — É muito bonito.

Ele está encarando a fachada de sua residência.

— Valeu. — agradeço, vendo que Nathan não para de olhar para sua casa, silencioso. — Seus pais estão em casa?

— Não. — ele ajeita os anéis nos dedos, aconchegando-se no assento ao meu lado sem se virar para minha direção. Ele está me olhando sério enquanto fala. — Eles foram ao casamento da amiga de trabalho da minha mãe.

— E por que você não foi? — casamentos são tão lindos.

— O padrinho é o meu pai e não eu. — ele ressalta.

— Hum.

— Após as alianças eles seguem para o salão de festas. Presumindo, eles só voltam pela madrugada. — constata.

Pelo jeito ele sabe como funciona.

— Ótimo, pois eu tenho que ir embora antes da meia-noite. — aviso, pois eu terei que trazê-los de volta. — E vocês vão ter que voltar comigo se quiserem minha carona.

— A Cinderela que manda. — O quê? Eu o encaro ele solta risos todo palhaço.

Eu não quero colocar ordem nisso, eu só não quero arranjar problemas.

Ele não me chamaria de Cinderela se visse o tamanho do all star que estou usando.

No caminho, o cheiro do perfume do Nathan está invadindo meu carro.
É um cheiro tão bom e agradável.

Estaciono o carro em frente à casa da Quinn e aperto a buzina.

Cachorros latem. Vizinhança está vazia, mas tem crianças correndo por aqui.

A porta da sua casa se abre e ela sai rapidamente e corre até nós.

Nathan passa para o banco de trás.

A Maré das LembrançasOnde histórias criam vida. Descubra agora