CAPÍTULO 15

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Resolvi tirar o all star do meu pé e seguir descalça mesmo antes que leve outra topada.

Ando depressa até à pista de dança da festa.

Chegando, encontro Quinn dançando com Nathan na maior felicidade.

Eles parecem tão bem.

Eu não quero quebrar isso, mas eu preciso avisá-los que eu vou sair daqui.

Eu caminho até eles, segurando o all star pelo cadarço,  ainda olhando para trás para ver se o cara de capuz não vem atrás de mim.

Ele me salvou de um tombo, mas eu não sei quem ele é.

Tenho um pouco de dificuldade para chegar até meus amigos. Tem muita gente na pista.

Embora a casa seja maior que a minha, ela não é como uma mansão comum. As casas daqui são um pouco menores e acho que isso faz parecer ter muita gente no cômodo.

Eu me aproximo e eles me olham distraídos.

— Quinn, eu preciso da chave do meu carro! Eu estou indo! — eu aviso com a voz alterada por conta do barulho.

— O quê? Ah não, amiga, ainda nem deu meia-noite. Fica mais um pouquinho. — Quinn me implora, fazendo uma face entristecida.

— Não posso. Meus pais já vão chegar, eu preciso ir. — aviso, enquanto ela me entrega a chave e fica me olhando triste. — Você pode ficar aqui com o Nathan e depois pedem carona pra alguém.

— Tá, eu... Eu vou ver. — ela não gostou disso, mas eu não posso fazer nada.

— Ok.

— Tem certeza que quer ir? — Quinn torna a perguntar e Nathan permanece calado me olhando.

— Eu preciso ir. — eu me despeço e viro — Até amanhã.

Eu começo a ir embora da festa. Passo por todos outra vez.

A fofoca dessas meninas não para, elas tem muito o que contar.

Passo pela sala, o jogo não termina, mas o moreno da outra rodada ganhou.

Eu chego até a porta. Hora de sair daqui.

Sigo até o meu carro.

Acho que diminuiu a quantidade de carros estacionados aqui, pois parece uma vizinhança tranquila.

Todos agora estão dentro da casa.

Ouvindo o som abafado distante e o silente de fora nem parece que acontece uma festa ali dentro.

Eu não paro de olhar para todos os lados, observando tudo que posso, enquanto caminho até o meu carro, pensando naquele cara tatuado de capuz.

Eu chego até a porta do meu carro e abro.

— Kris! — a voz do Nathan. Olho para trás e o vejo correndo até mim e a Quinn vem em seguida com uma face nada agradável — Nós resolvemos ir com você.

— Tudo bem. — Por quê? A festa não estava boa? — Podem entrar.

Eles entram e eu entro em seguida.
Por que eles resolveram ir embora comigo? Eu nem estava fazendo falta? Estava?

Tudo bem. Eles estão indo para ter uma carona, eu entendo.

Dentro do carro, eu olho para fora ainda pensando naquele cara.

— Gostaram da festa? — Nathan pergunta sentando ao assento de trás e Quinn logo o responde.

— Claro. Eu adorei. Eu só não gostei de sair cedo, mas, valeu a pena. — o quê?

A Maré das LembrançasOnde histórias criam vida. Descubra agora