CAPÍTULO 35

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Ainda dirigindo até o fim da rua do Nathan, pergunto-me aonde será que ele vai me levar dessa vez

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Ainda dirigindo até o fim da rua do Nathan, pergunto-me aonde será que ele vai me levar dessa vez.

Ele disse que é longe. Será que é em outra cidade? Onde?

Espera... Eu conheço aquela caminhonete antiga e azul que vem na direção contrária?

Eu conheço essa caminhonete de algum lugar.

Eu desacelero o meu carro e passo devagar pela esquina da rua do Nathan, para observar melhor e a vejo estacionar em uma casa grande na esquina. Uma das maiores da rua, até mesmo que a casa do Nathan.

Eu sinto um calafrio repentino, enquanto olho para o veículo azul. Esse azul claro marcante.

Vejo um senhor de camisa xadrez, aparentando ter uns 50 anos sair da caminhonete.

A sensação rapidamente passa ao vê-lo. Como se eu esperasse que outra pessoa saísse de lá.

Nunca senti isso. Meu coração acelerou repentino.

Seguro minhas mãos com força no volante e piso fundo.

É só um cara comum saindo de uma caminhonete.

Uma droga de caminhonete azul.


︵‿︵‿ ᴀ ᴍᵃʳᵉ́ ᵈᵃˢ ʟᴇᴍʙʀᴀɴᴄ̧ᴀs ︵‿︵‿


É hoje... Estou contando os segundos e os minutos para sair com ele de novo.

Meus pais estão saindo agora. Marcam sete e meia da manhã.

Eles dirijam-se para a porta de saída. Papai pega sua mala, mamãe sua jaqueta. O carro do Will já está lá fora, ele vai levá-la. Mamãe está elegante com esse vestido vermelho. Papai também está charmoso com esse Smoking. Estão parecendo mais jovens.

- Querida, tome conta da casa. Nós queríamos desistir de ir, mas, já prometemos a eles. A polícia já está tomando conta disso. Qualquer coisa é só ligar. - ela ajeita sua bolsa enquanto fala e eu procuro não dizer nada suspeito. Ela para de andar e me olha fixamente. Hã? - Filha, por acaso andou usando meu batom de cor vinho?

- O quê? - eu me pego tocando em meu lábio dando mancada - Não. Por que, mãe?

- Ele parece tão pouco, como se lábios chamativos como os seus ocupassem todo ele. - ele me repara, pois meus lábios são meio carnudos. - Mas tudo bem. Eu devo estar enxergando. Deve ter sido eu mesma. Veja. Eu estou usando agora.

Ela solta risos e eu solto também toda sem graça, pois afinal, eu usei muito e fui colocando de volta. Resumindo: Eu estou mentindo feio.

- Está linda. - eu elogio - Você também, pai.

- Obrigado minha filha. - Will respira impaciente - Vamos, amor?

- Vamos sim. - Helena se apressa e começa a sair com ele, ajeitando seu cabelo solto e acobreado. - Obrigada filha. Tchau. Até logo.

A Maré das LembrançasOnde histórias criam vida. Descubra agora