1. Prólogo

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•Junmyeon•

Pegar o metrô a essa hora da manhã era sempre uma experiência composta por muito calor humano e contato físico. Eu morava a duas estações da Universidade Nacional de Seul, onde eu me formei com méritos e agora era pesquisador e professor substituo.

Havia acabado de voltar da Nova Zelândia, de onde havia participado de um Congresso a respeito da mudança dos biomas devido aos impactos ambientais, quase deprimente, quase, eu preferia manter meu otimismo a qual eu me segurava piamente a teoria de que os grandes poluidores, tomassem alguma providencia a respeito disso.

Parei em um cafeteria, esta a qual era a minha preferida, ficava dentro do campus, aproveitei para conferir minhas redes sociais enquanto esperava por meu café americano.

-Obrigado Naeun. – agradeci a atendente, já nós conhecíamos por estar ali diariamente.

-You welcome. – respondeu brincalhona. Sorri para ela e prossegui meu caminho.

E mais um dia se iniciava, gostava da minha rotina, não podia reclamar dela, trabalhava com o que gostava, tinha um bom apartamento, mas ainda assim sentia que faltava alguma coisa.

•Yixing•

Acordo com o barulho do despertador, sentindo o peso do corpo de mais de um dos meus casos no meu peito. A retiro de cima de mim delicadamente, a conheci no boate na última noite, ela é chinesa como eu, bem simpática e calorosa devo dizer, infelizmente ou não, voltará para casa na próxima semana.

Não tenho preferência quanto ao gênero da pessoa, para eu me sentir atraído por alguém eu devo antes de tudo gostar da pessoa em si, de como ela é, algo que o gênero não influência.

Tomo meu banho calmamente, quando volto ao quarto já a encontro vestida, felizmente, detestaria ter que dar atenção ou carinho a algo que sem dúvidas terá um fim próximo.

-Oi. – falo assim que entro no meu quarto.

-Bom dia. – ela responde sonolenta. – Eu já vou indo. – avisou.

-Não quer tomar café? – indago educadamente.

-Ah não, eu preciso mesmo ir. – responde.

-Uhm... tudo bem então. – disse enquanto secava meus cabelos. – Eu te levo até a porta. – falei enquanto caminhava pelo apartamento. – Eu te ligo. – disse enquanto observava ela por suas sandálias altas e meio bregas devo destacar, não entendo essa necessidade de ter brilho em tudo e qualquer coisa.

-Você não precisa fazer isso. – ela respondeu bem humorada. Como assim eu não preciso? Que grossa. – Foi bom te conhecer. Tchau. – se despediu e foi embora, me deixando sem palavras na porta da minha própria casa, a qual fechei após alguns minutos, ainda pasmo com a resposta da tal.

Eu não era alguém promíscuo. Eu me aventurava as vezes, e ter sexo é bom na rotina, faz bem a pele, diminui o estresse, havendo ainda inúmeras outras vantagens. Eu gostava de conhecer pessoas novas, mas mesmo assim ainda faltava algo, havia um vazio, talvez eu estivesse carente, ou então minha estava certa a respeito do casamento e dos filhos, talvez a minha hora de assumir tais responsabilidades estivesse chegando, mas eu não sabia se queria me prender para o resto da vida com alguém. Sim queria filhos, mas ainda não havia encontrado a minha pessoa certo, eu acho.

Após me alimentar, me visto para poder trabalha, hoje teria um encontro as onze da manhã com o Yifan, ele é meu primo, o qual me ajuda a administrar meus negócios, ele é o que chamam de meu braço direito.

Ele me encontraria em meu escritório, o qual fica no terceiro andar de uma das minhas academias, eu tinha uma rede delas, já haviam algumas sedes espalhadas em diferentes bairros de Seul e nos arredores e agora planejávamos ampliar para outras cidades, seria um grande passo.

Indistinto AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora