Trono V

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Império

Arco I – Trono de Sangue

Trono V – Promessa

Kyoto, Japão

31 de Outubro de 2009

Ela estava linda no vestido tomara que caia, os detalhes na calda e o véu que cobria seu rosto fez com que eu prendesse o fôlego. Meu coração errou uma duas ou três batidas quando a vi entrando na igreja, ao seu lado um Kakashi sorridente se fez presente. Suas bochechas ficaram vermelhas, o sorriso tímido foi crescendo a cada passo dado por ela em direção ao altar. Bela — foi o que pensei quando a vi entrar dentro do lugar onde a cerimônia seria realizada.

Foi inevitável, impensado, somos como a dama e o menino de passado obscuro, não, na realidade o certo seria como a dama e o vagabundo, mas não somos uma animação da Disney e nem um casal de contos de fada. Apesar de sermos como a Bela e a Fera.

Katrina é mais do que minha mulher, é o meu amor, a rainha do meu mundo, por ela eu sou capaz de tudo, até mesmo desafiar o meu pai somente para tê-la. Indo para cima de tudo, se quem fosse contra a nossa felicidade — Ashura e Fugaku, um exemplo de pessoas que são contra a minha felicidade, se opondo a tudo que me faz feliz ou traz felicidade para a minha vida —, amo demais a minha ruiva, a minha mestiça, minha meia japonesa e russa, dona de um temperamento forte e um coração enorme. Sem me importar com as consequências do meu "ato de traição" contra o clã Uchiha fui atrás da minha felicidade, ligando o modo fodasse para o mundo e querendo passar o resto da minha vida ao seu lado.

Ao lado da minha princesa.

Os cabelos vermelhos como fogo, os lábios cheios e carnudos, a pele branca e delicada, dona de belos olhos verdes penetrantes, amava a forma como ela vivia, a forma como suportava tudo sem se importar com o que os outros pensariam de si. Uma mulher de atitude, convicta e decidida, não deixa se abalar em demasiado por uma resposta negativa, havia mais motivos para sorrir do que para chorar. Lágrimas não combinavam com ela, com a mulher de nome de um furação. A dona do meu coração masoquista, minha esposa, a mulher mais bela que acabo de dizer sim para o celebrante.

Poderia passar horas somente falando sobre a beleza existente nos olhos verdes, na suavidade existente em sua voz, que mesmo alterada ainda entrava como uma prazerosa música em meus ouvidos, apesar do meu tom favorito somente aparecer quando ela está sonolenta. Cansada demais para dizer um eu te amo completo, para responder com precisão as minhas perguntas, os meus mais pacatos questionamentos. O único som produzido por sua voz que me desagrada é a de quando ela chora, seus soluços saem altos. Lágrimas não combinam com Kate, elas não fazem jus a sua beleza exótica e única em um país padronizado.

Princesa, não chora, você vai parecer um panda se o rímel borrar — Recordo da vez em que brigamos por algo banal, não tão banal assim, afinal ela tinha visto meu pai me forçando, obrigando, a treinar. Katrina sentiu raiva ao me ver desarmado lutando contra Ashura, que tinha em mãos uma katana. Enquanto a minha única arma eram os meus punhos.

No dia em questão eu contei com a minha pouca sorte e determinação, nem ao menos uma faca ou algo para que eu pudesse me defender dos golpes da katana me foi dado.

Isso não é um treino Sasuke, onde que usar uma espada afiada é treinamento? Onde um pai, um tutor, deixa um dos alunos desarmado para lutar! Me dói saber que para o seu pai, você é descartável Sasuke, me dói saber disso! — Ela chorou, tocando em cada um dos cortes pequenos em meu braço e peito. Eu venci o duelo, desarmando Ashura, tomando a katana para mim.

ImpérioWhere stories live. Discover now