"Save You" - Temporada Um
Sacrifício, palavra forte e que causa temor, mas livramento a alguém.
Todos nós já tivemos que nos "sacrificar" um dia. Por que entre aspas? Porque foram "sacrifícios" que nos deixaram vivos.
Alguns momentos difíceis podem...
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A pilha toda caiu em mim, a merda da pilha toda.
Como pode uma família ser tão perseguida assim? Eu juro que não entendo, isso parece coisa de filme.
É uma investigação que caiu num poço sem fundo, é o meu filho que foi usado para me atingir, é a minha irmã que está em prantos, é a Jéssica que está desesperada, é a Bárbara que está virando a maior cúmplice, é a Mirela que pensava ser uma boa pessoa, mas que ajudou nisso tudo, é o meu cunhado não sabendo o que fazer e piorando as coisas, é a minha avó internada por causa da sua hipertensão - isso tudo apenas piorou e elevou sua pressão arterial.
Isso tudo em cima de mim, eu não sou tão forte assim, eu não posso, eu não consigo, eu preciso do meu filho, da minha irmã, da minha "amiga", do meu cunhado, da minha avó, preciso de todos bem, mas como eu posso fazer isso?
"Não posso recair, não posso recair, não posso recair..." isso é o que repito a mim mesmo depois de quase desmaiar duas vezes.
Estou agora do escritório da minha casa e de minha irmã, estou com os cotovelos apoiados na mesa, e a cabeça entre as mãos, rezando... Esse é um hábito que adquiri, e talvez, apenas isso me ajude.
O que eu fiz para merecer isso?
Sou interrompido da minha vigésima quarta oração, apenas hoje, com um barulho na porta. O "toc toc", as duas batidas seguidas e depois uma batida com a palma da mão... É minha corajosa e forte irmã!
— "Posso entrar?" - Bruna diz com a cabeça para dentro do escritório, eu a olho e concordo. Ela me conhece, sabe que andei chorando, odeio chorar, mas estava quase explodindo.
— "Sempre pode entrar..." - eu digo e ela sorri fraco. Sempre falávamos isso quando crianças. Ela parece lembrar, por isso sorri mais abertamente.
— "Gêmeo, Floquinho, pequeno, que agora é grande..." - ela diz todos os apelidos que recebi na infância dela. E eu sorrio com a modificação, já que agora o "Pequeno" é maior que ela — "Eu queria te pedir perdão, por te deixar sozinho nessa, me d-desculpe." - ela diz com lágrimas nos olhos, e eu nego.
