twenty two.

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Meu celular apitava sem parar, e o dia mal começava. Estressada, apenas desligo o celular e jogo no banco do carona.

Meus dedos apertando o volante não negavam meu estresse, e os nós que tornavam meus dedos esbranquiçados mostravam minha raiva.

Eu odeio acordar por nada, e principalmente por receber uma ligação misteriosa de sua amiga que está na delegacia.

Deus, o que Christen fez?

Eu vou matar essa garota. Seu pai não poderia saber que sua amada filha estava em uma delegacia às cinco da manhã. Christen estaria morta,se não me tivesse.

Paro o carro em frente a delegacia, e respiro fundo vendo Theo do lado de fora. Ele andava de um lado para o outro, demonstrando todo o nervosismo. Mexia as mãos, falava sozinho.

Saio do carro, e vou até ele. Que logo me olha apreensivo, o que acontecia de uma forma rápida e frenética.

Me sentindo uma mãe, e Theo o pai indo buscar o filho na escola. Ao adentrar,vejo Christen sorrindo.

—Que porra...?—falo sem entender porquê ela sorria.

—Eu paguei o que teria que fazer.—ela faz sinal de boquete e eu arregalo os olhos. Abro a boca,coloco o dedo na língua e fingo vomitar.

—Christen,que nojo.—Theo me imita.

—Antes de Atria vir com mil perguntas, vou assinar a papelada e depois eu te respondo.—ela logo diz,ao me ver abrir a boca.

Após Christen assinar, tirei a mesma pela orelha, o que arrancou alguns olhares pela delegacia.

—Christen?!—largo a orelha dela em frente a delegacia. E ela passa a mão, sibilando "ai".

O sol começava a ficar um pouco forte e era lá para às sete horas.

—Vocês dois.—puxo o braço musculoso de Theo para o lado de Christen.—Vão me explicar tudo, se não eu nunca mais faço comida para vocês.

Eu não sei ser ruim, ok? Mas, ambos gostavam muito da comida que eu fazia.

—Eu fiz nada!—ele levanta os braços, em rendição.—Estavamos prestes a sair da casa de swing, eu estava indo chamar o táxi e essa daí começou a socar o homem.

Eu estou entendendo mais nada.

—Foi assim...—ela da uma pausa dramática, e eu dou um tapa em seu braço.—Ai!

—Fala logo,porra! Christen, era para eu estar dormindo.—bato meus pés no chão.

—O Theo estava chamando um táxi, e um homem parou do meu lado, e disse:"Aquilo é um homem ou uma mulher?Oh, Deus fez o homem para ser homem, e a mulher para ser mulher!"—ela engrossa a voz e fazia uma careta.

Me deu vontade de rir, confesso. Mas eu tinha que permanecer brava. Ela continua:

—Eu nem olhei, Atria! Eu saí dando soco e chute no cara.—eu arregalo os olhos.- Enchi de porrada, o nariz do homem sangrou. Eu só fui reparar em uma coisa, quando me separaram...

Essa pausa, ah, não viria algo agradável.

—Era um idoso.—eu arregalo os olhos.

Abro a boca, fecho a boca. Eu não sabia o que falar.

—Christen Jhon, você bateu em um I D O S O?—soletro, a encarando, chocada.

Theo põe a mão na cabeça, ele sabe que ouviria muito esporro para minha amiga,vindo de mim. Continuo:

O pai da minha aluna.| H.S [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora