twenty nine.

3.2K 220 561
                                    

  Eu não ouço o que minha mente manda, puta merda.

Todos da sala já haviam saído, e apenas restou Zuri e Melanie. Fecho a porta, pondo minha cadeira dando peso na mesma,para que ninguém entre.

—Que isso?—Melanie diz,franzindo o cenho.

"Agora enfia essa ideia no cu" minha mente briga comigo.

—Melanie e Zuri, o que aconteceu?—cruzo os braços, as olhando.

—Como assim "o que aconteceu?"—Zuri faz aspas com os dedos.

—Não se façam de sonsas.

  Melanie revira os olhos.

—O que você tem a ver com tudo isso?—ela pergunta rude.

Respiro fundo,me sentando na mesa.

—Eu tenho nada a ver,mas, dói demais as ver separadas. Por favor,peguem leve.—peço,me sentindo estranhamente cansada.

As ouço suspirarem juntas, e então, Zuri diz:

—Ela terminou comigo.

  Céus...

—Por que?—é a única coisa que pergunto.

—Eu,eu...—sibila Melanie.—Eu pensei que estava confusa perante minha sexualidade, eu achei que não era lésbica. E bom, decidi acabar minha relação com a Zuri. Pensei que melhoraria,ficar sei lá, com alguém mais velho...

  Ela suspira, e seu tom arrependido dizia tudo.

—E bom, Zuri não saiu um segundo sequer da minha cabeça. Eu a amo, e sei o que eu realmente sou. Uma mulher lésbica completamente apaixonada pela Zuri.—ela a olha.

  Tô emocionada.

—Me perdoa?—ela encara a menina, que a abraça com força.

  Talvez não fosse hora de perguntar sobre Nico Edgar.

[...]

  Ao chegar onde ficaríamos por dois dias, falo:

—Harry, isso é...lindo.

  Era uma casa simples, não era pequena como Harry falou durante a vinda. Completamente feita de madeira,dava em frente a um deque e uma curta lagoa.

  Após algumas horas longe da grande Londres, chegamos aqui. Era afastado, e a conexão com a natureza era evidente. Árvores, pássaros e outros animais.

  Ainda era de tarde, e por mais que estivéssemos perto do mês de dezembro, estava um tanto quanto quente. O sol batia na extensão inteira da casa e do lago e a imagem era incrivelmente linda e deveria ser apreciada e memorizada para sempre.

—Vamos arrumar tudo logo, e andar um pouco por aí.—Harry puxa meu braço para a casa, e entramos.

  A casa era bem aconchegante e trazia um sentimento irradiante de paz. Tinha uma lareira, um sofá grande com poltronas e um tapete grande felpudo. Uma escada que provavelmente dava para o quarto na parte de cima. Havia uma cozinha grande e um banheiro.

—Vem!—Styles me puxa para as escadas, e subimos.

O segundo andar era puramente o quarto e um banheiro. O quarto era grande, uma cama enorme com vários edredons e travesseiros. Um enorme tapete, um guarda roupa de madeira e uma sacada.

Eu amo sacadas.

Vou até a região da sacada, e nela tinha uma pequena mesinha e duas cadeiras, que davam de frente a visão do lago.

O pai da minha aluna.| H.S [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora