dois

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Tá, eu vou contar mais sobre a Mônica, normalmente eu não falo muito sobre os meus amigos e falo muito sobre ela.

Talvez pensem que eu sou um imbecil por gostar da pessoa mais óbvia de se gostar em um colégio, mas antes de tudo eu a conheci.

Foi nas férias antes do primeiro ano, ela não era do meu colégio ainda, e um dia eu estava comendo sozinho em uma lanchonete e ela simplesmente sentou comigo e puxou assunto, a verdade é que ela estava fugindo de um ex-namorado e ela me usou como disfarce, mas mesmo assim foi ela quem puxou assunto.

Seu cabelo estava amarrado e ela usava um boné, não uma aba reta, mas um boné. Ela olhou pra revista que estava em cima da mesa e perguntou se eu havia assistido ao filme da capa, na verdade a revista já estava lá quando eu sentei. " Interestelares" eu li devagar.

"Se você não assistiu eu super recomendo, é o melhor filme sobre o espaço que eu já vi. Tem uma parte no filme que o principal entra em um planeta pra resgatar um satélite e a cada hora no planeta era equivalente a sete anos na Terra, então eles acabaram sendo atingidos por uma onda que os atrasou POR TRÊS HORAS, e quando ele saiu do planeta a sua filha pequena tinha a sua idade. " ela disse comendo minha batata frita, eu a olhei sem acreditar que existiam meninas tão interessantes, aquele tipo de conversa eu teria com meus amigos e não com uma menina tão bonita. E não era machismo da minha parte, eu só era um garoto muito tímido pra descobrir a personalidade real das mulheres.

"É eu acho que ele já foi, Tchau Eduardo". Sim ela disse meu nome, e eu nem tinha me apresentado. Essa foi a única vez que uma menina sabia o meu nome e eu não sabia o dela e o mistério de como ela sabia o meu nome me assombra até hoje.

Claro que quando eu comecei o colégio eu descobri quem ela era e eu até hoje fuço suas redes sociais. 

Eduardo e MônicaOnde histórias criam vida. Descubra agora