Assim que chegamos na festa um garoto foi arremessado a fora, ele parou na nossa frente e saiu correndo. "Eu acho melhor voltarmos". Caio disse de forma chorosa, todos rimos e eu não sei porque eu ri pois pensei a mesma coisa.
Ana Júlia se aproximou de nós e cumprimentou Ammon. "Que bom que você veio Ammonzito". Espera Ammonzito? Olhei pra Caio, Daniel e Leonardo e eles seguravam o riso.
"Fico feliz que tenha vindo também Eduardo". Ela disse perto da minha bochecha suas mãos desceram dos meus ombros até minha mão e eu arregalei os olhos e ela saiu rebolando festa a dentro.
"Cara ela tá te dando mole".
" Você precisa ir atrás dela ".
"Eu não vou fazer nada, ela tem namorado".
"Se você não pegar ela, eu pego".
"eu não vou..." Parei de falar assim que vi Mônica aos beijos com um cara que já devia estar terminando a faculdade.
"E agora? " Ammon perguntou fazendo os meninos rirem. Entrei dentro da festa com raiva, eu não precisava ver isso. Eu sei que não iria ficar com ela, mas não precisava jogar na minha cara.
A sala era meio apertada ou tinha muitas pessoas, a música vinha de uma outra banda lá do Colégio, muitos tinham uma banda, a maioria era só pra ficar mais popular e outros pra pegar garotas, poucos eram porque realmente gostavam de música.
Fomos até a cozinha para pegar algo para beber e antes que eu escolhesse um refrigerante Ana Júlia me empurrou uma cerveja. Era engraçado como ela ria de tudo que eu fazia, me puxou até a sala para dançarmos.
Eu fiquei parado em frente a ela sem saber o que fazer me sentindo um pouco desconfortável, as pessoas ficavam se empurrando tentando dançar e ela me olhava nos olhos rebolando na minha perna, olhei pra trás e meus amigos assistiam a cena. Eu não sabia o que fazer, nem sabia dançar.
"Não precisa ter medo de mim Eduardo". Ela pronunciava meu nome devagar de forma sexy, segurou no meu quadril o balançando me fazendo "dançar".
Tentei me soltar e peguei na cintura dela aproximando-a, eu abaixava minha cabeça para escutar o que ela dizia enquanto ela mordia minha orelha e passava a ponta do seu nariz no meu pescoço, estávamos abraçados com a menor distancia possível entre nossos corpos. "Vamos pra um lugar mais reservado". Ela disse me puxando até um quarto que diria ser dos pais dela. Eu fiquei em pé olhando o quarto e ela me abraçou por trás.
Tirou minha camisa, e eu tentava pensar nas coisas mais sexys que eu já vi para me ajudar manter o controle, mas não dava pra ser àquela hora, eu estava nervoso demais pra algo dar certo. Sem conseguir raciocinar, só conseguia imaginar que eu devia ser o trigésimo da lista e ninguém gosta de ser o trigésimo.
Ela sentou no meu colo e tirou sua blusa em seguida do sutiã, eu olhei sem acreditar e ela pegou a minha mão me fazendo pegar no seu corpo. As coisas estavam muito rápidas ali. "Você gosta disso" ela sussurrou. Eu assenti feito uma criança.
Até que eu escuto uma voz masculina gritar na porta. "ABRE ESSA PORTA AGORA! " A voz vinha do namorado de Ana Júlia.
Ela saiu do meu colo se vestindo rapidamente e eu não sabia o que fazer, procurei minha camisa pelo chão e não achei. Por fim, ele conseguiu arrombar a porta com um chute me fazendo soltar um grito.
"EU VOU MATAR VOCÊ". Ele disse vindo na minha direção feito um touro. Esquivei-me o fazendo cair no chão, muitas pessoas correram pra ver o que estava acontecendo criando um aglomerado na porta me impedindo de sair correndo, tentei passar entre as pessoas, mas ele me arrastou pra dentro como se eu não pesasse mais do que uma pena.
Ana Júlia gritava dizendo que eles não estavam mais juntos, mas eu não queria mais saber porque eu levava um soco atrás do outro, eu tentei me defender mas cai com o último soco que ele me deu.
Eu tinha acabado de chegar na festa e todas essas coisas praticamente pularam no meu caminho, depois perguntam porque eu não saio tanto!
"Qual o seu problema Rafael, não machuca ele". Disse uma garota me arrastando pra fora.
Levantei-me ainda sem camisa e meio tonto, o sangue escorria pelo meu nariz, a garota me levava até o banheiro dizendo pra deixar o sangue sair.
"As pessoas dizem para tentar estancar, mas o melhor é deixar o sangue escorrer". A ouvi dizer.
Quando sentei no vaso pude ver quem era agarota, era Mônica.
Continua...
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Eduardo e Mônica
Teen Fictionlivro inspirado na música de Renato Russo. obs: O enredo é diferente. Essa é a historia de Eduardo um garoto tímido que tira ótimas notas, só tem quatro amigos e não sai muito de casa. Ele é apaixonado por Mônica, uma garota que todo mundo conhece...