♛Capítulo IV♛ Malina, a primeira rainha

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Nota inicial: Bora para mais um capítulo?

Boa leitura ❤

A rainha Malina estava ansiosa para o dia que viria. A chegada de um aliado antigo, um velho amigo que era ao mesmo tempo sábio e diplomático; aberto a novidades, deixou-a animada. Ela colocou a coroa sobre os espessos cabelos castanhos, as esmeraldas inscrustadas e cintilantes pareciam mais estrelas verdes que joias. O cabelo, elegantemente, preso na cabeça deixava seu rosto mais divinamente altivo; cachos rubros ondeavam atrás do coque. Suas bochechas rosadas davam um destaque para os olhos tão azuis como pedras de safiras, porém poderosos, astutos e quentes. Ela olhou para o seu reflexo no espelho e ajeitou as mangas do vestido, também cor de esmeralda, enfeitado com uma pedra vermelha entre os seios. Malina suspirou e viu seus ombros subirem e descerem.

— Deseja mais alguma coisa, majestade? — perguntou a elfa que a ajudou a se vestir.

A rainha se virou e sorriu, graciosamente. — Por enquanto, não, Bëthinna. — disse — Hantalë. Obrigada.

A elfa loura fez uma reverência e abriu as portas do aposento real para que Malina passasse. A rainha saiu para um corredor largo com as paredes revestidas de mármore branco, carrara, decoradas por imensas tapeçarias de dez metros de altura, tecidas com fios de ouro e prata; refletiam de modo surreal a luz do sol que adentrava pelas janelas de igualmente dez metros de altura. O teto catedral era de tijolos cor de marfim, com vigas aparentes, douradas, encimando. Pesados lustres de cristal pendiam do teto e cintilavam na luz matinal.

Malina perdia o fôlego todas as vezes que entrava naquele corredor. E todas as vezes era cotidianamente.

— Mará aurë, majestade. Boa dia, majestade. — cumprimentaram os dois irmãos e guardas pessoais da rainha, quando ela saiu do quarto.

O mais velho se chamava Edhel. Tinha os cabelos castanhos, como se fossem uma cascata de chocolate em volta do rosto igualmente belo e austero. Seus olhos eram azuis e seus lábios desenhados de modo fino, mas ainda, sim, belos. Usava o uniforme oficial da Guarda da Rainha – calças de couro negras, botas e um casaco grosso marrom de couro de dragão. Um capuz escondia o olhar penetrante de todos eles, sustentado por uma grossa capa de veludo cinza-escuro. As mãos eram ocultas por luvas de couro animal com um revestimento externo de ferro e aço. A armada da Guarda da Rainha dispunha de facas de caça, facas de arremesso, arco e flechas, espada e um conjunto de cinco frascos pequenos contendo veneno.

O irmão mais novo estava usando os mesmos equipamentos. Esse se chamava Stevan, e era bem mais calmo que Edhel. Tinha os mesmos olhos azuis do irmão, mas seus cabelos eram castanhos claros, quase louros.

Mará aurë. Bom dia. — A rainha sorriu.

— Vossa majestade mandou nos chamar? — perguntou Edhel com a voz sempre firme e confiante.

— Mandei — confirmou — A caravana do Reino da Montanha chega hoje. Gostaria que me avisassem quando ela estiver perto. Estarei na sala de reuniões.

— Sim, majestade. — disse Edhel, sempre eficiente.

— Mais alguma coisa? — Stevan a observou com cautela.

Malina olhou em volta. — Onde está Silmalótë?

Eles se olharam por um tempo e negaram.

— Ainda não a vimos, majestade. — responderam.

Malina suspirou.

— Pois bem — disse — Stevan, encontre-a. Edhel avise-me quando a caravana chegar nos limites da cidade.

Sob o peso da Coroa - Fanfic/ThranduilOnde histórias criam vida. Descubra agora