♛Capítulo VI♛ Um conselho de ouro

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Nota inicial: Como já foi colocado, Thranduil vai ser representado por Lee Pace, mas como não temos muitas imagens dele na juventude, por enquanto escolherei elfos parecidos com ele para fazer a representação temporária.

Boa leitura ❤

Thranduil sentiu as vibrações correndo pelos músculos fartos do cavalo enquanto percorriam a Trilha dos Elfos

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Thranduil sentiu as vibrações correndo pelos músculos fartos do cavalo enquanto percorriam a Trilha dos Elfos. Voltava para casa, esperava se sentir mais leve quando visse sua mãe. A rainha Ellora saberia o que dizer; qual conselho dar. Esperava que suas ações de alguns minutos atrás não oferecessem risco a Aliança que a rainha Malina possuía com o seu pai. Esperava não ter extrapolado os limites, oferecendo risco a honra da sua noiva. Ele coçou os olhos e respirou fundo, seus ombros subindo e descendo. As vezes, ele se perguntava se estava fazendo as coisas do jeitinho que devia fazer. Sentia-se perdido, constantemente preocupado com o dever que carregava em seus ombros. O dever de ser um bom governante, um bom rei, um bom marido. Esse mesmo dever repousava ao seu lado na cama a noite, deslizando pela sua pele as unhas gélidas do poder, sussurrando, jogando nele as lufadas de ar morno. Esse mesmo dever descrevia círculos em sua volta, brincava de se esconder nas sombras, embaixo das mesas de desejum; circulavam livres a sua volta, rindo como se soubessem do futuro, do reinado de Thranduil, como se conhecessem o desastre que cairia sobre a Floresta Verde se ele fosse fraco. A voz ululante desse dever estava no vento morno da manhã, no gear cruel do inverno. Seu dever o perseguia por todos os lados, estava enterrado no mais profundo poço de seu ser; estava presente nos sorrisos dos elfos que o cumprimentavam, nos olhos do pai, nos carinhos da mãe, no beijo de Silmalótë. Seu dever nascera com ele, e morreria com ele. Essa era uma profecia que ninguém poderia negar.

Thranduil sabia que seria rei por muitos e muitos anos. Esperava, porém, que esses anos nunca chegassem.

Olhando para trilha sinuosa entre as árvores, pegou-se pensando em como seria se ele e Silmalótë fugissem por alguns dias. Ambos longe das fortalezas, afastados, brevemente, do compromisso que tinham com a honra e o dever. Apenas eles dois, à sós, entregues as carícias que cobiçavam descobrir. Então, ele riu. Se ele bem conhecia sua noiva, ela não concordaria em deixar as obrigações reais para trás. Estava sempre muito bem amarrada na política de seu reino.

O príncipe respirou fundo mais uma vez. Silmalótë, sua flor prateada, sua Lotë, seria uma rainha perfeita. Ela não tinha medo da coroa, ficava confortável sob o peso da responsabilidade, do dever, da honra. Nasceu para governar. Uma noldo. Uma rainha. Uma nação, um povo inteiro. A Floresta Branca parecia correr pelas suas veias, e brilhar em seus olhos azuis. Falava de seus planos com tanta paixão, garra e sabedoria, que ele, as vezes, chegava a invejá-la. A jovem princesa arrancava admiração de pessoas por toda Terra-média.

- Uma Galadriel. A pequena princesa Silmalótë parece-me a senhora Galadriel, só que da Floresta Branca. - disse Oropher, encantado, no dia em que Thranduil ficou noivo dela.

Sob o peso da Coroa - Fanfic/ThranduilOnde histórias criam vida. Descubra agora