Sob o peso da Coroa - Fanfic/Thranduil

♛Capítulo VIII♛ "Casamento?"

Nota inicial: SIM! Henry Cavill é o príncipe Aranrossë! 😍😍😍😍😍😍😍😍 Agora eu quero ver o cinco pegar FOGO!!!!! 😏😈😍🔥

Boa leitura ♥

♛

Reino de Núhren

♛

— Príncipe Aranrossë?! — A voz da princesa Allannia parecia por demasiada estarrecida — Como não percebi antes?

O príncipe deu uma risada contida e colocou as mãos para trás, observando o jardim que floria a sua volta.

— Eu sou muito bom no que faço, posso garantir-lhe, alteza. — respondeu o elfo.

Ela parou e olhou para o elfo com as sobrancelhas erguidas. O príncipe se viu obrigado a se virar, e encarar a bela elfa em sua frente. Os cabelos de Allannia estavam alinhados, presos em uma traça com algumas mechas soltas enfeitando seu rosto etéreo. Os olhos eram de um castanho profundo, e os lábios grossos estavam precionados um contra o outro. Aranrossë sustentou o olhar dela sobre si, inquisidor, curioso, brevemente fugaz. Ele conhecia as histórias que rondavam aquela elfa – A Princesa. Allannia Vellenmar era conhecida pelo seu temperamento forte, astuto; e pelas inumeras caçadas, todas muito bem sucedidas, e pela voracidade que destroçava seus inimigos. Era uma elfa da caçada, das noites em claro, vagando pelos bosques em busca do sangue orc que assombrava as entranhas mais escusas da Terra-média. Poderia matar um dragão com a mesma velocidade e eficiência que sorria, eliminar um alvo com o mesmo mistério que o olhava. Allannia, em tudo, parecia mais uma soldada do que uma princesa – usava roupas de caça, negras, e carregava consigo o arco e as flechas. Os cabelos sempre presos, apesar de longos, davam a ela mais dinâmica ao lutar, e os olhos detentores de uma ira palpável lhe conferiam a confirmação de que não estava no mundo para conversa, e sim, para uma boa briga. E tudo aquilo só deixava o príncipe ainda mais confuso em relação a ela.

O que ela veio fazer aqui?!, questionava-se em silêncio.

A princesa parecia notar o desconforto dele, mas se realmente notava, não se importava. O olhar sempre inquisidor, só deixava o príncipe temeroso. Havia intenções ocultas naquela visita. Intenções que apenas a princesa Allannia e sua mãe, a rainha Ëll, conheciam. Intenções que ele sabia que poderiam mudar a vida de todos com um único aperto de mãos, ou a assinatura em um pedaço de pergaminho.

A elfa desviou o olhar dele e observou os céus sempre claros do sul, as brisas quentes que faziam florescer as orquídeas de verão que enchiam o jardim – brancas, negras e douradas. O príncipe a observou em silêncio.

Ele era um capitão, e como capitão já enfrentara as mais duras e hostis tempestades em alto-mar, sobrevivendo a todas elas sem nenhuma baixa em sua tripulação. Olhando a princesa, percebeu que ela atraía tempestades, tormentas perigosamente mortais. As mãos sempre fechadas em torno da faca que carregava lhe diziam que ela não era uma mera princesa ou uma representante oficial da rainha Malina; aquela elfa era uma guerreira. Carregava consigo algo genuinamente trágico, torridamente audaz que poderia mudar a vida dele para sempre. As tempestades que ela carregava consigo, que ele trouxe para Núhren em seu navio, ele não sabia lidar. Não queria lidar.

Tempestades eram traiçoeiras, e ele não  sabia se poderia sair dessa sem nenhuma baixa. Sua mãe poderia ser a rainha de Núhren, mas não possuía os sentidos aguçados de um navegador de sentir o cheiro da tormenta ao longe; de escutar os trovões retumbantes que a acompanhavam. E aquela princesa carregava isso – brados retumbantes de caminhos que ele deveria tomar.