𝙛𝙧𝙞𝙙𝙖𝙮 𝙣𝙞𝙜𝙝𝙩 𝙖𝙣𝙙 𝙡𝙤𝙬 𝙡𝙞𝙜𝙝𝙩𝙨

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NAILEA's point of view.
Manhattan, New York City, NY.

TROPECEI PELO que parecia a décima vez desde que eu havia começado a subir as escadas, mas finalmente — e ouvindo minhas botas de salto clamarem aos céus por eu não tê-las quebrado — cheguei ao meu andar

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TROPECEI PELO que parecia a décima vez desde que eu havia começado a subir as escadas, mas finalmente — e ouvindo minhas botas de salto clamarem aos céus por eu não tê-las quebrado — cheguei ao meu andar.

O quinto de dez em um prédio de arquitetura bem... vintage, diga-se de passagem, o que o fazia destoar no meio de tantos imponentes modelos modernos que cercavam a grande Nova York.

Não era lá grande coisa, mas sim, possuía um elevador, eu só não tinha nenhum tempo sobrando para fazer exercícios físicos durante a semana, então quase sempre pegava as escadas, além de que aquela carroça demorava uma eternidade e isso era definitivamente o oposto do que eu tinha para chegar em casa nesse momento.

Natasha iria me matar.

Abri a porta de nosso apartamento compartilhado encontrando um verdadeiro breu.

Talvez Natasha houvesse pegado uma carona com Kendra afinal de contas, o que certamente não me incomodaria em nada.

A última coisa que eu gostaria de fazer em uma sexta-feira à noite após passar a semana indo do trabalho para a faculdade e da faculdade para o trabalho sem nem ao menos me lembrar de como era o interior de minha casa já que nunca ficava tempo o suficiente nela para observar, era sair.

Sim, eu soava como uma idosa no auge da aposentaria quando na verdade estava no auge de meus 23, mas eu não ligava. Minha cama parecia mais atrativa do que qualquer lugar para o qual Natasha quisesse me arrastar.

Mesmo que eu estivesse quase certa de que minha melhor amiga de infância e colega de quarto já havia saído, procurei fazer o mínimo de barulho possível abrindo a porta calmamente e agradecendo por seu ranger característico não marcar presença no momento.

De repente todas as luzes se acenderam de uma vez só, causando um clarão que eu acreditava fielmente que havia me deixado um pouco cega.

"Nailea Rosalinda Rivera Devora!" - ouvi a voz de Natasha esganiçar.

Consegui com que minha visão focasse, aos poucos dando de cara com uma Natasha já arrumada me encarando carrancuda e de braços cruzados. Revirei os olhos. "Você soa como a minha abuela " – murmurei enquanto seguia para nossa cozinha estilo americana em busca de algo para beber. Enchi meu copo optando por um suco qualquer que encontrei na geladeira e me recostei de modo descontraído no balcão. Podia sentir Tasha me seguindo atenta com seu olhar e tinha quase certeza que ela continuava a sustentar aquela careta emburrada. Dei de ombros e tomei um gole da bebida. "Quanto tempo você ficou aqui no escuro afinal?"

"Eu só soo como a sua avó, por que sou eu e a Dona Carmen quem temos que aturar você se atrasando para os compromissos!" – disse a loira ignorando completamente minha pergunta anterior e começando a andar em direção a mim. Ela tirou o copo de suco que se encontrava pela metade em minha mão e recostou-o no balcão. Lancei-lhe um bico embirrado. "Ou você se esqueceu da sua quinceañera?"

𝐈 𝐃𝐎(𝐧𝐨𝐭) || 𝐯𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐡𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora