Capítulo 4

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Evitar o perigo não é, a longo prazo, tão seguro quanto expor-se ao perigo. A vida é uma aventura ousada ou, então, não é nada.

Helen Keller

Estamos nesse exato momento, os quatro na frente da casa de um homem chamado Benjamin Aguiar, Samuel e eu no meu carro no mesmo lado da casa do suspeito, mas um pouco atrás. Tom e Marta estão na frente da casa só que no lado oposto.

Pelo que Tom me explicou a Senhora Amanda Bley o contou que esse homem foi despedido há alguns dias e estava muito bravo. É um suspeito em potencial, mas não temos motivos para prende-lo, no máximo, podemos interrogá-lo por mais informações e depois liberá-lo , mas não acho que ele vá confessar tão simples assim.

Estamos trocando ideias através do rádio:

- Eu acho que podíamos fazer o Samuel de isca, já que ele é o café com leite entre nós e não usa uma arma. - Marta sugere, mas acho que ela tomou essa decisão graças ao fato de não gostar dele.

- Concordo, além do mais isso é muito legal, tenho certeza que o Samuel vai sentir toda a adrenalina. E você Detetive Lins o que acha? - Tom pergunta.

- Acho melhor ele ficar no carro, é mais seguro! - opino.

- E ficar fora da ação? - Marta instiga.

- Eu concordo com a detetive Lins, é melhor eu ficar no carro, eu não saberia o que dizer a esse homem, eu minto muito mal. - Samuel toma a melhor decisão.

- Ah, tudo bem! Só espero que o departamento não te exclua por causa disso. Por que você sabe, não é?! Num lugar cheio de homens que gostam da ação e de colocar as suas vidas em perigo, pelo bem maior, podem te chamar de covarde. - Marta começa.

- Ah, mas tudo bem, todo mundo pode se amedrontar numa hora dessas e não ajudar a equipe, esse não será a primeira vez que uma pessoa que consideramos um quase detetive, nós deixa na mão. - e Tom finaliza.

- Eu vou. Não quero deixar vocês na mão! - o Jornalista concorda, pelo jeito a chantagem sentimental deu certo.

Tento me impor:

- Não, é melhor...

- É melhor você ir logo! - Marta me interrompe - é só fazer ele sair cá fora, ter certeza que ele não está armado e nós vamos lá.

- E si ele tiver uma arma e perceber que estou com a polícia? - ele pergunta preocupado. Provavelmente você vai morrer, mas quem se importa, né?

- Não se preocupe, somos treinados e sabemos o que fazer nessas horas! - Tom diz. Não sabemos não.

Ele respira fundo e sai do carro um pouco devagar, percebo que está com medo, mas não digo nada. Ele caminha lento até a porta. Finalmente chega, da três batidas, é ignorado, repete o gesto....

- Qualquer indícios de perigo a gente vai! - aviso - quero conversar com vocês. Que história foi essa de mandar um civil para o fogo cruzado, podia muito bem ser qualquer um de nós lá.

- Então, por que você não se ofereceu para ir no lugar dele, Hem traidora? - Marta pergunta com raiva.

- Porque eu sabia que ficariam chateados, porque ainda estão com esse plano estúpido, e eu não sou traidora. - afirmo - Mas lembrem que si acontecer qualquer coisa com ele, a culpa é de vocês!

- Me desculpe, eu sei! - Marta se corrige. - essa ideia foi absurda. Si ele morrer, o chefe vai nós mandar embora!

- Vocês têm razão, ele ainda está batendo na porta que tal eu trocar de lugar com ele? - Tom sugere.

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