Tempo Limite

Capítulo 1

Prefácio

O ano é 5697, pós terceira guerra, se assim pode-se dizer.

A Guerra aqui citada foi da bondade contra a maldade; a ambição da raça humana que ia contra todos os bons convívios com a natureza; uma guerra interna que fora instaurada no planeta, que não aguentou mais tanta destruição.

A partir do momento que os próprios moradores destroem a própria casa, a catástrofe está impetuosamente instalada.

Atualmente como um planeta inóspito, a Terra em meados dos anos 2000 fora ajudada mais do que nunca por moradores extraterrenos, mais especificamente e fortemente pela raça extraterrestre Arcanóktics, moradores de Saturno.

Toda ajuda se tornou necessária para resgatar seres humanos capazes de compreender além das ambições materiais... Mas vamos voltar um pouco no tempo...

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Morador do pico do Jaraguá, São Paulo, Antônio se mostrava totalmente o contrário da maioria dos homens daquela época.

Totalmente desprendido de bens materiais, vivia ali a muito anos e não pensava em voltar para a cidade grande nem tão cedo.

- Mais uma manhã se inicia - diz Antônio enchendo o peito de ar puro e se direcionando para o seu canteiro que havia feito, mas ao chegar lá viu um cena não tão agradável.

- CARAMBA! - esbravejou ele percebendo que as pragas começará a destruir sua querida plantação. Dias foram passando e ele viu que mesmo tentado solucionar o problema, o mesmo só agravava não importasse o que ele fizesse. Depois de uma semana sem nenhum resultado satisfatório, ele decidiu com muita dor sair das terras que tanto ele cuidou e amou.

No dia seguinte juntou suas coisas e deu a última olhada para aquela que foi por anos a sua casa.

Começou a andar. Horas se passaram e ele continuou sua caminhada quando derrepente:

- Eiii - Grita Antonio fazendo o sinal para o motorista parar.

- Poderia dar-me uma carona?

- Para onde vai, rapaz? - perguntou o senhor que aparentava ter por volta de seus 60 anos bem vividos.

- Estou indo a São Paulo, capital.

- Serio mesmo que você estar indo para aquele inferno? - falou surpreso enquanto mastigava um pedaço de talo de capim.

- Sim, mas tá tão ruim assim?

Ruim não, péssimo! Você não soube?!

- Não - disse Antônio curioso, chegando mais perto do senhor.

- Apareceu um tal de vírus que é quase uma gripe só que piorada. Falam que vem de fora, mas eu acho que é coisa desse governo pra matar os velhos...

Depois que entrou na caminhonete do senhor, a viagem continuou com o senhor narrando a situação atual não só de São Paulo, mais do mundo.

- Aqui está bom pra você?
- Muito!
- Qual é mesmo o seu nome? - perguntou Antonio

- João Silva - disse sorrindo.
- Então até mais, seu João.

Colocando sua mochila nas costas João segue seu caminho e desaparece por entre as ruas da grande cidade.

- O que houve aqui? - perguntou a si mesmo enquanto olhava aquela cidade totalmente vazia. Com certeza não era bem a São Paulo que esperava ver.