Um mês se passou desde o sonho de Antônio. A situação no mundo todo não era nada boa.
- As pessoas não aprendem mesmo. Esse acontecimento deveria ser para abrir os olhos de todos, mas só está conseguindo mostrar que o ser humano pode ser bem pior - disse mãe Lindalva tomando seu café recém saído do fogo
- Como tem passado a noite, meu filho? - fala ela se direcionando a Antônio
- Não tive mais contatos, mas não consigo parar de pensar que aquela não será a primeira e última vez que eles virão.
- E não será. Eles só estão esperando o momento certo e o próximo aviso, se assim pode-se dizer. Eles não são do mal. A verdade é que eles só querem ajudar.
O resto do dia correu normalmente.
No outro dia, Jeferson o neto da senhora estava brincando na rua quando derrepente:
- VÓ - gritou o menino
- O que foi, danado?
Gritou a senhora indo com dificuldade até a porta da frente. Antônio já estava com o menino quando a senhora chega e pergunta o que tinha acontecido
- Estava brincando quando caí. Meu pé está doendo muito.
- Mãe Lindalva, acho que ele torceu o pé - fala Antônio dando apoio pra o menino evantar-se.
- E agora? Como que vou te levar pra o hospital?
- Calma! daremos um jeito.
Antônio sempre foi muito bom de papo e logo arrumou o transporte pra levar o menino.
- É melhor irmos agora - fala Antônio. Acho melhor a senhora ficar, lá é um local infectado, pode ser perigoso.
- Claro que não. Nunca o abandonei e não é agora que isso irá acontecer - disse ela com sua máscara já entrando no velho carro do senhor Menezes
Chegaram no hospital e o cenário era assustador. Pacientes nos corredores, leitos lotados e pessoas chegando de todos as regiões em busca de socorro.
Mãe Lindalva com auxílio de Antônio descreveu o que tinha havido com o pequeno garoto. O tempo se passou e quando eles saíram do hospital já era 15:00 da tarde
- Você sentiu? - pergunta mãe Lindalva a Antônio.
Não, do que está falando?
- O cheiro da morte. O grito dos que já se foram e a agonia dos que ali esperam por sua hora de sair deste plano.
- Não senti nada. Como a senhora consegue? - Perguntou abismado.
- Meu filho, o fato de não enxergar só me limita no andar, mas nas outros coisas eu sigo normalmente. Não queria, pois é muita dor e sofrimento que tenho sentido todos esses anos.
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Jefersson foi analgesiado e o receitaram antinflamatório para seu machucado. Quando chegaram em casa, ele passou o resto do dia sentado no velho sofá da casa que era a cama de Antônio.
- E aí, amigão - vinha Antônio com uns sanduíches. Tome. Coma todos, vai se recuperar logo.
- Eles vão falar com você de novo, não vão? - disse Jefersson comendo o seu lanche.
- Como... Como sabe? Ouviu a conversa, né seu danadinho!?
- Ouvi... Eles não são maus.
- É, sua avó já me disse... É que... - Antônio ficou procurando algo para justificar seu receio em meio a isso tudo.
- É normal temer o desconhecido - completou Jefersson neutramente.
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Tempo Limite
Science FictionA história contada é de que o Planeta Terra chegou no seu limite. A mãe natureza clama por misericórdia cheia de rancor e os seres humanos imploram pelo seu perdão. O tempo acabou, e Antônio registrou tudo que viveu durante esse período fatídico, de...