Capítulo 2

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Não demorou muito para anoitecer até que depois de muito andar ele chegou a casa onde cresceu, mas que abandonou tão cedo. 

- Alguém aí? - falou em voz alta

Demorou pouco para vir a resposta, mas pra ele foi uma eternidade, tendo eu vista que ali era o último local que ele cogitaria voltar

- Olá! - falou uma jovem

- Com licença, aqui ainda mora uma senhora chamada Isabel?

- Olha, até morava, mas infelizmente ela faleceu a uns 5 anos

- (Silêncio) Antônio não sabia o que falar. Parou por uns minutos com os olhos cheios de lágrimas, pois ainda tinha a esperança de vê-lá viva. Ele nunca se deu bem com o pai, mas sua mãe era a única que o apoiava e o protegia de tudo.

- Você tem mais alguma informação sobre os antigos moradores?

- Infelizmente não

Sem saber para onde ir Antônio se abrigou debaixo de uma linda e grande ponte, mas que também estava lotado de sem tetos, animais e outros desafortunados. Mas pelo visto não era só ele que estava passando por sérias dificuldades, pois não tão longe dali....

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Mãe Lindalva era uma senhora muito misteriosa... Morava em um barraco velho na periferia de São Paulo com precárias condições de vida.

- Venha cá, Jefersson - disse a senhora que separava um pouquíssimo punhado de feijões bons dos podres para cozinhar depois.

- O que foi, vó? - vinha chegando no recinto um garotinho negro de pele reluzente, seus olhos pareciam duas uvas pretas lindas.

Mãe Lindalva olhou para o garoto com seus olhos esbranquiçados - era cega - e disse: O mundo está estranho, meu filho... Quando chegar minha hora de ir, eu quero que sempre seja do bom coração como te ensinei - e então voltou a olhar "pro nada" de sua janela.

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