Capítulo 6

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Dias se passaram. Era uma quinta-feira nublada e tímida. Talvez logo logo a chuva aparecesse.

"Bom dia a todos os ouvintes, recebemos a confirmação das Forças Armadas Brasileira de que sim, é verdade: A Aeronáutica Brasileira tem avistado um número maior de objetos não identificados pela nossa atmosfera. Pedimos a todos que... Que se protejam. Não sabemos do que se trata. Eles possuem uma velocidade e movimentos que desafiam as leis da física. Que Deus nos proteja!"

- Proteger de que? - Falou mãe Lindalva. Precisamos é nos proteger de nós mesmos... Dá destruição, poluição e matança que causamos todos os dias. Isso sim.

- Vó, meu pé está doendo demais... - falou o menino em tom de choro.

Antônio havia saído para comprar comida logo cedo. As filas dos supermercados estavam enormes e por isso quanto mais cedo fosse, mais cedo talvez voltasse.

Mãe Lindalva não podia ver como estava o pé do garoto, mas sentiu sua dor pela voz. Foi atrás do senhor que os tinha levado do outro dia.

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Antônio chegou em casa e viu logo um bilhete escrito por Jefersson em cima do sofá, que dizia: "fomos ao hospital novamente. Meu pé piorou. Ass Jeff"

Antônio não gostava da ideia de deixar mãe Lindalva em meio a um local cheio de doenças. Ela era uma mulher destemida, forte. Entretanto era idosa e ele a tinha como mãe agora.

Só o que pôde fazer foi aguardar inquieto enquanto os dois chegavam.

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De noite Jefersson dormia tranquilo com seu pé com uma atadura bem feita pela enfermeira. Mãe Lindalva contara como tinha sido seu dia, e que finalmente as autoridades maiores revelaram o que muitos no mundo jamais duvidaram: da existência de outras raças extraterrenas.

- Lá no hospital estão a rir com a notícia. Quem acredita que existem outras vidas diferente das que já conhecemos? - disse mãe Lindalva.

- Isso é verdade... E ainda mais pelo modo como colocaram: apenas objetos em alta velocidade. As pessoas podem achar que é qualquer coisa. Lixo espacial, enfim...

Depois de conversarem a noite toda, foram deitar-se. Antônio ficou olhando pro teto... Imaginando quando aconteceria outro sonho daqueles... Já se passara tantos meses desde o primeiro contato. Depois sua cabeça foi tomada pela notícia das forças armadas, e da incredulidade parcial da população.

- Como podem os humanos serem tão egoístas? Olha o tamanho desse universo! Olha a grandeza em que vivemos! Nosso sistema solar é um grão de areia dentro da grandiosidade universal. É tamanho egoísmo achar que só nós existimos aqui...

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