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Desde que decidirá expandir a le biscut para outros países, Luísa sabia que suas responsabilidades se triplicariam e as coisas se dificultariam.
Mas nunca se importou muito com a correria, já que a tempos não mantia uma rotina correta.
Vivia sua vida mais dentro de uma sala de reuniões, do que fora delas.
Mas a daquele dia parecia insuportável.
O relógio digital posicionado sobre a parede pálida do cômodo composto somente por uma extensa mesa e algumas cadeiras confortáveis, exibia com clareza o horário elevado para que continuasse a reunião tediosa, ainda mais para um sábado.
A cada palavra estridente dita pelo russo, que apresentava com total determinação o gráfico exposto no slide, fazia com que a cabeça da morena latejasse cada vez com mais intensidade.
Seu humor já não estava um dos melhores, ainda mais com sua cabeça prestes a explodir, e as pequenas e continuas pontadas que a incomodava por todo o período da tarde.
Se sentia farta.
- Nikolai. - Luísa tomou a iniciativa de levantar uma de suas mãos, interrompendo-o educadamente. - Podemos fazer uma pausa? Eu preciso ir ao banheiro. - Questinou, quando por fim contia toda atenção do homem, que mesmo contra gosto, concordou com a ideia.
- Como quiser, senhorita Shantz. - O empresário que seguia o mesmo ramo que a morena concebeu educadamente o pedido, retirando-se do centro da sala.
Com rapidez, Luísa juntou a pequena bagunça composta em seu curto espaço na mesa espelhada, buscando somente pelo seu celular que estava dentro da bolsinha nude repleta de canetas. Quando tomou a iniciativa de se levantar do assento, sentiu as pontadas se intensificarem em um ato arritmado, fazendo-a gemer com a dor. Seu corpo fraco entrou em colapso quando sentiu algo gélido escorrer pelas suas pernas curtas e desmudas, a ocasionando um desespero antecedente.
Sabia muito bem oque o líquido avermelhado representava.
- Frederico.
O tom amedronhado de sua voz soou alto pelo extenso cômodo, atraindo só não olhar de seu secretário pessoal, assim como os das demais pessoas que ainda se faziam presentes na sala.
- Oque houve, Luísa? - Frederico a analisou de cima a baixo, totalmente confuso com o desesperado repentino da patroa, quando por fim já estava de pé, a sua frente.
- Precisamos ir para o hospital, rápido. - Exclamou exasperada, apontando rumo a porta entre-aberta, sinalizando levemente com a cabeça. Fred por sua vez, apenas continuou fitando-a confuso, tentando entende-la. - Vai até a minha sala e pega a minha bolsa, a chave do carro está lá dentro. Rápido, Frederico. - Luísa o instruiu impaciente, vendo-o ainda sem entender oque estava acontecendo, correr para cumprir a ordem.
