17 - a thousand times yes.

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         "O sorriso é o arco-íris do rosto."
    
         _Jean Commerson._

Último capítulo.

vinte e oito

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vinte e oito.

Luísa nunca gostou de datas comemorativas, principalmente  quando tratava-se de seu aniversário. Que considerava ser somente mais uma data comum.

Mas Agatha anulava todos os anos a opinião negativa da filha quando se tratava em realizar um simples jantar comemorativo. Que mesmo contra a sua vontade, era realizado na casa de seus patriarcas, com a ilustre presença de todos que compunham a sua família.

Mas Davi não deixará de reparar que havia algo errado com a primogênita.
Diferente do esperado, Luísa mantia o melhor sorriso esboço em seus lábios tingidos pelo batom vermelho, muito bem destacado em seu rosto harmônico. Sua expressão esboçava a leveza, e não a reprovação.
Poderia afirmar com todas as letras, que a mudança repentina nas atitudes da arquiteta fora causadas pela maternidade.

Luísa estava mais radiante, e aquilo era fato.

- Assim não sobrará doce algum para depois do parabéns. - Luca colou-se a alfinetar a irmã, conforme tomava delicadamente a embalagem esbranquiçada de suas mãos, em conjunte com o doce, que estava pronto para entrar em contato com a boca da mesma.

- Olha aqui, seu abusado, o aniversário é meu. - Indignada com a atitude do monegasco, Luísa rebateu a acusação sem pensar duas vezes. Tomando com extremo deboche outro doce exposto sobre a mesa, mordendo-o com vontade.

- Seu irmão tem razão, Luísa, chega de comer os doces. Olha só, já tem uma fileira em falta. - Agatha exclamou em reprovação, empurrando-a levemente pelos ombros, para que pudesse afasta-la o quanto antes da mesa decorativa.

- Mas, mãe, eu só comi oito. - Luísa contrapôs revoltada, passeando suas mãos sobre a peça escolhida a dedo para que fosse utilizada naquela noite.

O vestido todo revestido por tule rose, e com os delicados bordados floridos feitos a mão, havia caído como uma luva em seu corpo. De fato, Patrícia Bonaldi nunca decepcionava quando se tratava das peças luxuosas.

- Comeu oito oque? - Daniel questinou, desviando-a do toque de Agatha, para que pudesse abraça-la pela cintura, e terminar de guia-la pela sala de estar.

- Oito docinhos. - Luísa tornou a responder sem muito entusiasmo, passeando seu olhar perdido pelo cômodo muito bem decorado com cores neutras.

Por inúmeras vezes, Luísa pegou-se admirando a quantidade de tios e tias que contia em sua família por parte de pai. Em relatos contados pelo próprio patriaca, a maioria deles não eram do conhecimento da morena, já que instalavam ao redor do mundo.

- Por Deus, Luísa, e ainda sobrou algum? - Daniel emitiu a pergunta em tom humorado, recebendo um simples revirar de olhos da arquiteta, que sorria e acenava animadamente para os senhores da terceira idade.

- Cadê o Antonio? - Quando não encontrou o filho nos braços de nenhum dos convidados, Luísa virou-se a sentido do piloto, questionando-o atônita.

- Com os meninos na varanda. - Avisou, com um de seus dedos em riste para o cortinado creme, que avoava em junção ao vento acelerado.

Em um simples ato de impulsão, Luísa agarrou-se em uma de suas mãos gélidas, guiando-o até lá.

O sorriso que preenchia seus lábios, somente se alargou ao ver Liliana apoiar o pequeno de pouco mais de sete meses sobre o banco, enquanto Charles fazia inúmeras caretas, arrancando gargalhadas banguelas de Antonio.

- Achei que não viria, senhor Milk norris. - A morena anunciou com amargura, ao avistar o britânico ocupar um dos bancos metálicos. Com um copo médio entre os dedos, Lando parecia animado ao lado de uma loira, que até então, era uma desconhecida para Luísa.

- E acha mesmo que eu perderia o seu aniversário? Nem que o mundo  acabasse em pizza. - Lando indagou humorado, levantando-se para que pudesse envolve-la em um abraço. - Essa é a Aurora. - Apontou rumo a mulher, que abrirá um sorriso vergonhoso ao sentir o olhar da arquiteta queimar sobre si, estendendo-lhe uma de suas mãos em seguida.

- Como vai, querida? - Luísa a questinou, ignorando a mão que fora estendida em sua direção, puxando-a para um abraço acolhedor.

- Bem, obrigado. - Aurora sorriu em confirmação a pergunta, atracando-se ao corpo de Lando.

Luísa analisou-os por rápidos segundos, e concluíu que faziam um belo casal.

Pouquíssimos meses fora o suficiente para que a morena se aproximasse, só não do piloto da McLaren, assim como da maioria dos outros. Os amigos de Daniel também eram seus amigos.

- Uau, Cate, você está magnífica. - Luísa sorriu ao destinar o elogio para a namorada de Pierre Gasly, que acariciava seu ventre de pouco mais de trinta semanas, risonha.

- Eu não supero você, e a sua barrigona do Antonio. - Caterina contornou a situação, lançando-lhe uma piscadela.

- Falando nisso, quando vão providenciar o segundo? - O tom sério em que Charles utilizará para realizar o questionamento assustara Luísa, que rapidamente virou-se em direção do cunhado, com seus olhos levemente arregalados. Não pensava e muito menos queria o segundo filho.

- Quando você e a Liliana fizerem o primeiro. - Daniel fora extremamente rápido em rebater o piloto da scudeira italiana, lançando-lhe um sorriso irônico em seguida.

- Poderíamos providenciar isso hoje, não é, mon amour? - Entrando na onda da brincadeira, Charles desferiu um beijo demorado sobre os lábios da namorada, causando-lhe uma risada abafada.

- Vou fingir que não escutei isso, Charles Leclerc. - Liliana o repreendeu com um simples olhar, passando Antonio para o colo da matriarca.

Quando a extensa casa começará a ficar vazia, Luísa não escondera em sua expressão o cansaço excessivo que sentia, com Antonio adormecido em seus braços.
Quando Daniel propôs que já era hora de retornarem para casa, Luísa faltará berrar em confirmação.
O piloto fora o responsável por organizar as inúmeras sacolas de presentes no porta-malas do carro, enquanto Luísa deixava com extrema cautela o filho sobre a cadeirinha de segurança, que mantia o sono sereno após mamar.

- Hoje foi cansativo. - Luísa comentou em um simples sussuro, puxando com extrema calma o cinto de segurança, para que pudesse passa-lo por seu corpo.

Daniel, que desde a finalização da comemoração se mostrará totalmente tenso, somente maneou levemente com a cabeça em confirmação, dando início ao trajeto, sem muito se importar.

- Dan, 'tá tudo bem? - Sem receber a resposta esperada, Luísa tornou a questiona-lo, estranhando seu comportamento.

E mais uma vez, Luísa simplesmente não obteve reposta alguma vinda do piloto, que parecia fixo na pista, quase vazia.
Quando tomou a iniciativa de tocar a mão do homem que estava sobre sua perna cruzada sobre o banco, Luísa sentiu-a completamente trêmula.

- Dan, v...

- Casa comigo?

Luísa sentiu o ar lhe faltar por rápidos segundos, e as famosas borboletas atingirem seu estômago em cheio, deixando-a extasiada. Suas mãos ficaram gélidas repentinamente, e o sorisso abobalhado retornou para seus lábios secos em um simples passe de mágica.

- A anel está na nossa casa, eu planejei um jantar para fazer o pedido, mas você sabe, eu não me aguento.

Para que pudesse ter um contato visual melhor com a mulher, Daniel estacionou o carro de qualquer forma sobre o acostamento, ativando a luz clara.
Avistou-a precionar as mãos sobre o boca, deduzindo que seria para reprimir o grito, já que o filho de ambos dormia no banco de trás.

- A thousand times yes, Love.




Changes. - Daniel Ricciardo.Onde histórias criam vida. Descubra agora