VINTE MINUTOS

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— NANDO BECKETT —

— Fernando, melhor parar por aqui... — Eddy murmurou, tentando se soltar, mas continuo o abraçando, abrindo o restante dos botões de sua camisa, passando minhas mãos por seu peito e beijando seu pescoço, o ouvindo respirar com dificuldade.

— Quebrar as regras também é saudável às vezes... — Sussurro, mordiscando sua orelha e vendo ele me olhar de forma questionadora. Apenas sorri, lhe roubando um beijo e o puxando de frente para mim.

— Fernando, melhor parar. Temos aula daqui à vinte minutos. — Eddy ditou, enquanto eu o empurrava na cama, subindo sobre ele e o beijando. Era quase surreal que isso estava mesmo acontecendo.

— Pode os atrasar alguns minutos... — Sugiro, e ele ri, me empurrando e se levantando, abotoando sua camisa novamente.

— Nem pense nisso! Você já me fez ir parar na diretoria. Não vou atrasar minhas aulas também. — Ditou, indo para frente do espelho e tentando arrumar os cabelos, que estavam bagunçados.

— Ei, Eddy... sei que é um pouco cedo, mas... eu tenho chances? — Questiono e ele me olha, suspirando.

— Desde que não me atrapalhe nos cursos e não me leve para a diretoria... quem sabe? — Falou, trocando a gravata e vestindo o blazer. Sorri, me levantando e indo até ele, o abraçando por trás, o olhando pelo reflexo no espelho.

— Então isso é um sim? — Questiono, esperançoso. Ele sorriu discretamente.

— Você sempre foi insistente assim? — Rebateu, em um tom descontraído.

— Bem, eu insisto desde o fundamental. Então... sim. Sempre fui. — Falo, vendo ele ri, desacreditado.

— Ok, me solte. Vou para a Biblioteca. — Falou, mas continuei abraçado com ele.

— Não, hoje vamos ficar aqui... Esses 20 minutos podem ser bem proveitosos... — Insinuo e ele sorri.

— 15 minutos, você quis dizer. — Reviro os olhos, dando de ombros, começando a deslizar minha mão para baixo, tocando o membro de Eddy, que se remexeu, surpreso. — Fernando... Aqui não! — Ditou, nervoso, mas eu já havia aberto o zíper da sua calça, a desabotoando.

— Vai ser rapidinho... — Murmuro, deslizando minha mão para dentro da sua cueca boxer e pegando em seu pau, começando uma masturbação lenta. Eddy suspirou, apoiando suas mãos na cômoda.

— Nando... pare com isso... — Pediu, mas em pouco tempo, ele já estava excitado, o que me fez sorri, o tocando com mais velocidade, podendo ter o prazer de ouví-lo gemer baixinho.

— Temos 10 minutos agora, Eddy... Melhor gozar logo... — Provoco, o ouvindo resmungar, com a respiração descompassada.

— Nando, pare com isso... — Pediu, ofegante.

— Só depois que você gozar, amor... — Ele praguejou, empurrando os óculos de grau para cima e passando a mão nos cabelos, gemendo deliciosamente.

— 5 minutos... — Falo, vendo Eddy gemer mais, tentando se soltar, mas abraço sua cintura com a mão livre, o masturbando com mais velocidade.

Sinto seu corpo estremecer, o que já era um indicativo de que ele estava perto de gozar. Continuo o tocando, até que ele atinge o orgasmo, caindo ajoelhado e eu vou junto, o mantendo em meus braços e beijando seu rosto.

— Você gemendo é uma delícia, sabia? — Balbucio, vendo minha mão lambuzada, assim como o chão.

Eddy suspirou, se colocando de pé e me olhando, recuperando o fôlego.

— Se eu me atrasar eu mato você, Fernando! — Ameaçou, seguindo para o banheiro.

— Ei, ainda falta 3 minutos! — Brinco, rindo. Ele apareceu na porta do banheiro, me olhando seriamente.

— Minha roupa está amarrotada, meu cabelo um caos, estou suando em uma temperatura de 16° e estou sujo de sêmen. Acha mesmo que vou para a aula assim?!! — Resmungou, batendo a porta.

Apenas ri, lavando minhas mãos no banheiro do corredor, que nem era para alunos, mas para funcionários, e voltando para pegar minha mochila.

— 1 minuto, Eddy! — Provoco, alto o suficiente para ele me ouvir.

— Vai à merda, Fernando! — Ouço ele gritar, me fazendo ri, saindo do quarto e me assustando ao ver a inspetora andando no corredor, pondo as luvas nas mãos. Merda...

— Ah, Sr. Beckett... já iria mesmo inspecionar seu quarto. Com licença. — Falou, já querendo entrar, mas rapidamente entro na frente da porta, a impedindo e vendo ela me olhar desconfiada. Eu esqueci de limpar o chão, onde Eddy gozou, então... acho que ficaríamos muito encrencados se ela visse isso.

— Não! É... a senhora não pode entrar agora. — Falo e ela me encara.

— Posso saber o motivo?

— É... Bom... o Eddy! Está pelado, trocando de roupa. — Falo, o que de certa forma não era mentira, mas ele estava no banheiro.

— Ah, sim? E por que trocando de roupa? Estão em intervalo de aula. É necessário o uso do uniforme. — Ditou, desconfiada.

— É... porque... ele... — Tento arrumar alguma desculpa, mas quase caio para trás quando a porta do quarto é aberta e Eddy sai, devidamente arrumado, como se nada tivesse acontecido.

— Bom dia, inspetora. Derramaram suco no meu uniforme e precisei trocar de roupa. Desculpe. — Falou, com extrema serenidade. Como ele conseguia ficar tão calmo?! Eu estava quase tendo um ataque cardíaco!

— Ah... tudo bem. Mas amanhã quero você de uniforme. Bem, já que está pronto, com licença, vim inspecionar o quarto.

— Claro, entre por favor. — Eddy falou, dando espaço para ela, o que me fez olhá-lo assustado.

— Eddy... o... — Tento falar, mas ele me manda calar a boca, puxando meu braço para longe dali.

— Não sou porco igual você. O quarto está impecável. — Ditou, o que me fez sorri aliviado.

— Você tomou banho? — Questiono, e ele me olha.

— Sim, um banho rápido. Por quê? — Questionou, suspirando.

— Está com um cheiro gostoso. — Provoco, cheirando seu pescoço. Ele me empurrou, revirando os olhos.

— Idiota! Anda, eu vou para a minha aula. — Ditou, mas continuo o acompanhando, passando da minha sala. Ele me encarou, confuso. — Nando, já passou do seu curso.

— Eu sei. Mas quero te deixar na porta da sua sala. — Falo e ele me encara, revirando os olhos.

— Claro, porque eu corro risco de ser assaltado dentro da instituição. — Ironizou, e eu ri, segurando seu braço, o fazendo parar antes que chegasse em sua sala.

— Boa aula. — Falo, passando a mão em seu rosto suavemente. Olho em volta, não vendo ninguém, e então o beijo. Um beijo rápido, mas muito saboroso.

— Boa aula, Nando. — Eddy falou, sorrindo levemente e seguindo para sua sala de aula.

Suspiro, me encostando na parede, não conseguindo mais parar de sentir o sabor da sua boca e o seu cheiro impregnado em minhas narinas.

Até que me assusto quando o sinal toca, o que me faz praguejar, lembrando que eu também tinha aula. Então começo a correr para a minha sala feito um louco.

Por pouco não chego antes do professor.

Doutor Gelo - (Romance Gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora