020 𝐛𝐮𝐭

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              sina deinert

gargalho ao ouvir aquilo, eu realmente só havia feito isso desde que aceitei essa merda, rir da cara o imbecil.

- tá rindo por que? - ele pergunta com um cigarro na boca e caminha até mim

- você dizendo que vai parar, conta outra, sinceramente, acho que deveria repensar antes de falar alguma coisa - digo e vejo Matteo sair e entrar no banheiro

ele chora.
esse cara bebe e depois corre pro banheiro e começa a chorar.

e eu não ligo, simplesmente não ligo, eu não ligo pro que ele sente, não ligo se ele morra amanhã, não ligo pra porra nenhuma, podem me chamar de vadia, de fria ou de qualquer merda, mas eu não me importo nem um pouco com esse cara, não me importo aonde ele vai, aonde bebe e principalmente, não me importo quando ele chora

lágrimas não são argumentos pra mim, não depois de toda essa palhaçada.
por que sina deinert se submete a essas idiotices?

- cara, pode chorar a vontade, só não encharca o banheiro por que não sou sua empregada pra limpar essa merda. - digo depois de dar três batidas na porta

ele a abre bruscamente e se vira pra mim com um olhar mortal, será que ele acha que eu tenho medo disso?

- se está tentando me deixar amedrontada falhou miseravelmente, pra mim isso não dá nem um arrepio, mas se você quer parecer machão e hétero top aí vai... nossa matteo, como você é intimidador, estou morrendo de medo e blá blá blá, vai se foder, imbecil. - digo sarcástica e viro os olhos

caminho em direção ao sofá e me sento no mesmo, pego o celular mas do nada sinto alguém o puxando

matteo

- ei, o que quer com meu celular? - grito e matteo nada responde apenas desbloqueia meu celular e começa a olhar o mesmo com uma feição de ódio

- não está me traindo, eu acho. - ele murmura e depois de vira pra mim jogando o celular no sofá

- olha sina, as vezes eu não te entendo, o que está rolando? por que fica me tratando assim porra? tá de tpm ou sei lá que caralhos, e não me importo também, só quero que você respeite o seu dono, sua vagabunda. - ele diz apontando o dedo na minha cara.

- quem você pensa que é pra apontar esse seu dedo imundo na minha cara? e outra babaca, eu não tenho dono, eu sou a dona, então que essa frase nunca mais se repita para minha pessoa ou qualquer outra garota, me entendeu?. - digo tão fria que posso ver matteo ficar bambo.

- me desculpe querida, mas eu não estou entendendo você, sempre se afasta e já tem quase um mês que voltamos, estávamos tão bem antes de você ir pra casa do babaca do noah, eu sei que as vezes sou muito controlador baby, mas eu estou - o interrompo antes que meus ouvidos sangrem

- primeiro: meu nome não é baby e você não pode me dizer o que quiser, eu não sou as coisas que você me chama, segundo: meu nome não é querida e eu posso fazer o que eu quiser, honestamente, você não é meu dono, meu nome não é... sua. Não venha me dizer que está tentando por que por trás de cada ato a sempre uma escolha, então senta nessa porra e aprende a me escutar. - e assim ele faz, se senta na cadeira como um cachorrinho. - você é o tipo de cara nojento e decadente e sua castração seria uma boa ideia, que porra você quis dizer com um "eu preciso de você"? que porra você quis dizer, hein? - ele fazia menção de se levantar mas eu logo o sentei com minha mão em seu ombro. - eu não sinto muito toda vez que te vejo chorar, toda vez que começa eu fico esperando suas lágrimas secarem, eu realmente não me importo e nunca vou, é assim que eu sou, uma pílula amarga, eu realmente não me importo como meu silêncio mata, é assim que eu sou. Você é um monstro quando bebe mas ninguém tem coragem de dizer que você é um mostro quando bebe e eu que tenho que aguentar essas suas palhaçadas, me poupe Matteo, volta pro canil, eu não aguento mais isso, não aguento mais você, por mim você pode continuar se embreagando até morrer, eu não me importo. - termino e saio de perto de matteo que se encontrava paralisado, como se tivesse digerindo tudo que eu disse, ele sabe que eu estou certa, sabe que é um babaca.

- você vai embora? - ele pergunta me olhando.

- vou, por que? vai se ajoelhar e implorar? - digo seca

- não, só queria dizer que sua mala está pronta atrás da secadora... eu deixei ali caso você não conseguisse aguentar tudo isso. - ele diz apontando pra si mesmo

esse cara tem problemas?

não espero muito tempo e pego a minha mala e saio praticamente correndo do apartamento. Isso havia sido intenso, sinto como se tivesse sido honesta e tirado um peso enorme das minhas costas.

mas havia outra coisa que eu tinha que fazer, e eu iria.

eu iria escrever uma carta, uma carta para o amor da minha vida.

Noah Jacob urrea.

oi gente, esse capítulo foi bem difícil de escrever então eu peço por favor que comentem algo, críticas ou qualquer outra coisa, por favor...

sentiram a referência? ✊🏻💖

amo vocês muitão, até que enfim a sininho saiu de toda essa humilhação.

coitada, burrinha...

𝙬𝙚 𝙖𝙧𝙚 𝙙𝙚𝙨𝙩𝙞𝙣𝙚𝙙 Onde histórias criam vida. Descubra agora