Cap. 12 - Sonho.

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Já fazia 5 dias desde o meu pedido de distância, eu me sentei sobre um galho de uma árvore e observei o homem treinar o loiro. A raiva e tristeza que sentia por mim aumentando cada dia que passava longe dele.

Ve-lo todos os dias e não poder toca-lo, beijar, abraçar. Meu coração se conteta em ver o homem durante esses dias pelo menos.

Ele está diferente, não só comigo, anda mais frio e é difícil ver o homem ser ele não estar fazendo nada.

Ao cair da tarde e o sol começar a se pôr, comecei a caminhar por Konoha, fui para a sala da hokage, sentindo que preciso conversar com ela sobre minha decisão.

Dei batidas na porta e logo ouvi um "entre", girei a maçaneta e adentrei a sala. Na cadeira ela sentada, seus cotovelos apoiados na mesa, seu olhar estava sobre mim. Ela não estava sozinha, pela minha infelicidade o prateado estava ali, junto com Shizune.

Ele me olhou e desviei o olhar para a mulher novamente.

- Senhora Tsunade, eu não quero atrapalhar, vim apenas para lhe comunicar... - fechei a porta atrás de mim e me aproximei sa mesa. - Semana que vem eu parto de Konoha

Minhas palavras fizeram-na arregalar os olhos, não era a única chocada na sala. Pela minha visão periférica pude ver o homem ao meu lado se virar, logo ouvi a porta bater.

- O que te faz querer sair da vila? - perguntou.

- Eu não quero trazer problemas para a vila senhora Tsunade, se fizer eu sair não terão problemas futuros por minha causa - a mulher suspirou, se encostando na cadeira.

- Sabe Alienai, eu te dei meu voto de confiança porquê você me lembra muito alguém, uma mulher do meu passado - revelou, abri a boca para falar mas ela continuou. - Se é a decisão que você quer seguir eu não irei tentar te deter

- Obrigada - me curvei fazendo uma reverência para ela.

- Até a sua ida continue treinando - falou e assenti.

Saí da sala, não consegui controlar minhas lágrimas, eu fazia isso muito bem mas não consegui. A dor dessa decisão me consumia cada vez mais.

Caminhei para meu apartamento, observando os detalhes da aldeia, o brilho ainda me cativa, fiquei feliz por alguns instantes.

Subi as escadas e caminhei para meu apartamento, me surpreendendo com o homem encostado na porta, ele parecia preso em seus pensamentos, quando me viu chegar endireitou sua posição. Ficou de frente para mim, parei há uns 2 metros dele, fixei meus olhos no seu.

- Então você pretende sair de Konoha? - sua voz não transmitia sentimento algum.

- Pretendo - falei, apertando minha mão de nervoso.

- Você só se divertiu comigo, né? - perguntou e eu abri a boca surpresa.

- Não - respondi logo após. - Nunca duvide do sentimento que sinto por você - ele deu um passo em minha direção.

- Sente? - percebi o que tinha falado e suspirei leve.

- Eu não estava brincando com você Kakashi, só acredite nisso - passei pelo homem e destranquei meu apartamento.

Senti meu pulso ser rodeado e fui puxada de volta, dando de cara com o peitoral do homem. Estendi meus olhos para ele que me olha.

- Diga que não me ama que eu te deixo em paz, diga que não quer mais me ver e que tudo foi passageiro - sussurrou.

Engoli em seco, meus olhos arderam. Mas menti, com anos de experiência eu menti para ele.

- Eu... eu não te amo - falei, como se eu engolisse agulhas, desviei o olhar dele. - Eu sinto muito se brinquei com você

Ele não disse nada, só me observava.

- Você está mentido - ele colocou o polegar e o indicador em meu queixo, levantando meu olhar para ele novamente.

Eu preciso por um fim nisso para ele não sofra mais.
- Sinto muito, eu gostei de você mas não é o que eu procuro para mim - falei firme, me afastei dele e passei pela porta, fechando ela.

Encostei a cabeça no pedaço de madeira e um choro silencioso me tomou, como dói. Eu continuei a chorar, me sentei no chão e me encostei na parede, abraçando meus joelhos, quando as lágrimas secaram eu me vi derrotada. Me deitei ali mesmo e dormi.

"Estou em um campo verde e florido, meu corpo não me respondia, se mechendo por conta própria. Fui levantada do chão por mãos em minha cintura. Soltei um gritinho e ouvi uma voz rir, uma voz bem familiar.

- Você não costuma ser tão assustada assim - tentei me virar mas não conseguia, para ver o rosto do homem. - Mas menti muito bem

Continuei tentando me virar, tentativas falhas, até sentir meu corpo ser colocado no chão, mas eu não estava mais em um campo de flores e sim em um lago, na margem do lago.

- Você sempre foge - meus joelhos não aguentaram e eu cai, já não era mais um lago, eu caio na escuridão. - Se você quer algo não fuja, lute por isso - a voz continuou.

Fechei meus olhos naquela escuridão, sentindo o impacto de cair."

Abri meus olhos com o susto, a noite escura.  O que acabou de acontecer aqui?. Respirei profundamente, o que isso quer dizer afinal.

"Se você quer algo não fuja, lute por isso" a frase da voz me fez piscar rapidamente. Eu consigo entender agora.

Eu vou deixar isso escapar por entre meus dedos mesmo?.

Me senti enjoada com tudo o que minha mente tentava digerir. Corri para o banheiro e coloquei para fora o que mal havia comido.

Aproveitei e fiz minhas higienes, procurando algo para comer logo após, minha barriga roncando de vazia.

Me lembrei do treino de hoje, ou ontem, amanhã tenho a última missão na vila da folha.

[...]










Eita eita.

3 capítulos para terminar o livro.

Irão ou não ficar juntos?

Será que ela volta atrás e luta pelo amor da vida dela ou continua fugindo?

Beijos.

Tradições - Kakashi Hatake [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora