(1) • who?

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Bakugou PoV's.

— VAI SE FODER.

Gritei para o despertador do meu lado, me segurando para não socar aquilo até ficar em pedaços.

— Que troço chato. — Bufei, desligando-o e levantando sem vontade.

Quem é que gosta de acordar seis e meia da manhã pra ir pra escola? Ninguém, né.

Eu agradeço à todas as entidades por esse ser meu último ano na escola, já não aguentava mais todo esse desespero. Minhas olheiras são tão enormes que praticamente alcançam o chão!

Eu resmungo muito de manhã.

Caminhei para o banheiro e tranquei a porta, olhando no espelho e vendo meu cabelo em um laranja avermelhado. Eu 'tô puto, deve ser por isso.

Às vezes essa coisa de ter um cabelo diferente a cada dia é irritante, ainda mais quando você não gosta de dividir seus sentimentos e a pessoa sabe o que está sentindo. Quando estou triste, não posso nem tentar esconder dos meus melhores amigos: o azul entrega tudo.

Tomei um banho rápido e arrumei minha mochila, ouvindo o celular vibrar quinhentas vezes. Não era de se surpreender, já que quando eu peguei o celular tinham literalmente centenas de mensagens do Izuku.

Brocolli 🥦

Ele: Bom dia, Kacchan.

Que bom dia o quê? Tô morrendo de sono.

Ele: KKKKK normal, né
Ele: Você vai se atrasar, eu já tô chegando.

E daí?

Ele: E daí que é prova

PUTA QUE PARIU

Desliguei o celular rapidamente e corri, descendo as escadas na velocidade máxima, estilo piloto de corrida.

Minha mãe estava na cozinha, então peguei uma maçã, dei tchau a ela e fui embora.

Assim que saí, dava passos apertados para a escola, mas algo me cativou a atenção: um caminhão de mudança. Um garoto de estatura média estava parado em frente ao caminhão, era meu novo vizinho. Seus cabelos eram tomados pela cor negra, e sua expressão não era alegre.

De repente é pelo fato de estar chegando agora em um lugar totalmente novo... Olho para a hora e vejo que falta pouco pro sinal bater, e eu ainda estava do lado de casa. Tirei todos os pensamentos da cabeça e voltei a correr como um doido na rua.

Depois de uns minutos, cheguei ofegante. Sentei na cadeira e coloquei a mão no peito esquerdo, puxando o ar exageradamente.

— A-ai meu Deus, eu vou morrer. — Minha voz ofegante fez Deku rir.

— Ninguém mandou não acordar mais cedo. — Sorriu.

— Pipipi popopo — Debochei, virando para a frente e tossindo. Logo, o professor entrou na sala para distribuir as provas.

[...]

O sinal para a saída tocou, depois de eu ter me matado para fazer aquele demônio encarnado num papel, vulgo prova de matemática.

Midoriya saiu rapidamente para onde estava Todoroki, o que me fez revirar os olhos. Os amigos começam a namorar e esquecem a gente, vê se pode?!

Passei ao lado do garoto que estava em pé e lhe dei um 'pescotapa, o ouvindo resmungar.

— Tá namorando e me deixa de lado, né? — Cruzei os braços.

— Você é um dramático. — Midoriya riu, apertando minhas bochechas.

C O L O R S • kiribakuOnde histórias criam vida. Descubra agora