(3) • him.

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Kirishima PoV's

Era realmente muito complicado... isso tudo.

Ter que mudar para uma casa nova, escola nova, e precisar socializar com pessoas novas, quando eu tenho medo disso.

Todas as vezes que vou sair de casa, é a mesma crise de pânico.

Já tentei ir sim ao psicólogo, mas nunca consigo dizer toda a verdade à ele.

E é desde os meus oito anos de idade que meu cabelo vem escurecendo drasticamente. Com onze/doze anos, quando comecei a entender tudo melhor, meu cabelo ficou preto e nunca mais mudou...

Meu pai se irrita um pouco com isso, mas eu estou acostumado.

Quando cheguei em casa, tomei um banho rápido e vesti uma roupa leve, roendo as unhas. Estava nervoso. Passei pela sala e suspirei fortemente ao ver que meu pai ainda não estava em casa, correndo para meu quarto e trancando a porta.

Peguei o celular que eu quase não usava, onde só tinha o número do meu pai e da minha mãe, já que não tinha "trazido" nenhuma amizade comigo.

Adicionei o número de Katsuki e sentei na cama, cruzando as pernas como índio. Mandei apenas um emoji de tubarão, e como eu estava sem foto, o garoto ficou confuso e respondeu apenas com um "quem é?". Será que eu estava incomodando?

Respondi com meu nome e já pude ver que ele tinha ficado mais feliz, pois começou a digitar sem parar. Não recebia tantas mensagens assim há um bom tempo. Do nada, escuto o celular tocar, e a câmera apareceu. Estava me ligando de vídeo.

Pensei por uns momentos antes de atendê-lo, assim fazendo. Coloquei os fones e os conectei no celular, deixando o celular sobre a mesa, apoiado, sentando na cadeira de cobertor.

Call On.
(as falas de Bakugo estão narradas em negrito. <3)

— E aí! Tá tudo bem? – sorria pouco para a câmera.

— Uhh, sim... o meu pai ainda não chegou em casa, então tá tudo bem. – abracei meu corpo. — Como você está?

— Entendo... eu estou bem. Recebi um carinho da minha mãe, isso realmente me melhorou bastante. – mexeu em seus próprios fios de cabelo, que agora, eram loiros. — e sua mãe? Não está em casa?

— Ela não vem mais pra casa. – juntei as mãos, inseguro, abaixando a cabeça. — Tenho saudades dela. Amo ela...

Bakugou ficou uns segundos em silêncio, batendo em sua testa por ter tocado em um assunto delicado comigo, mesmo sem saber.

— Eu não queria te deixar triste, me desculpa.

— Eu não estou triste. Eu estou bem. – sorri fraco para o outro, na intenção de tirar aquela ideia da sua cabeça. Logo, ouvi um barulho de chave, o que atacou automaticamente meu estômago. Uma voz masculina gritou meu nome.

Acho que seu pai chegou, Kiri. – olhei para o mesmo.

— E-eu preciso ir, Katsuki. Amanhã conversamos mais. Perdão! – falei, trêmulo, desligando rapidamente quando meu pai abriu a porta do quarto.

— • — • —

Oi, meus amores!
    Como vocês estão?

Amo vocês e obrigado por ler! Comente o que achou, o carinho de vocês é a maior motivação. <3

C O L O R S • kiribakuOnde histórias criam vida. Descubra agora