Capítulo IV

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Eu revi meus conceitos e não era de minha índole querer me vingar de alguém. Disso eu sempre tive certeza.
Lee Yoora na verdade sempre foi alguém ruim para mim, mas não é porque ela sempre me fez coisas ruins que eu devesse devolver seus atos de crueldade na mesma proporção – ou até mesmo pior – somente para vê-la sofrer, esses não eram meus ideais. Talvez se eu travasse uma “guerra” estúpida com ela, só afastaria as pessoas de mim novamente. Porque convenhamos que se forem para escolher entre nós dois, todos iriam escolhe-la, afinal, ela era uma ômega realmente, não eu, eu sou apenas um ninguém, um ninguém sem títulos, e mesmo o Jimin dizendo que eu era um ômega, eu ainda não tinha certeza, e por isso eu tinha a certeza que se for escolher entre um beta “invejoso de ômega” e uma oficial, tenho a confirmação que não seria eu o escolhido.

Mas Yoora, apesar de ser uma pessoa ruim para mim, para as outras pessoas ela era totalmente amável e simpática, fofa aos olhos de quem quisesse ver. No entando é como aquele ditado antigo “O que os olhos não vêem, o coração não sente”. E era por isso que eu sempre saia machucado nessa situação, porque Yoora usava de sua fofura e simpatia – a sua arma mais perigosa – para poder ter todos aos seus pés. Principalmente Jimin e Jan di, esse que infelizmente não eram a excessão.
Eles sempre brigavam comigo por causa dela e eu nunca entendi o porquê de tanta proteção, eles nunca me falavam o porquê, e eu simplesmente deixava pra lá, mas não queria dizer que me importava menos, pois não era assim.
Doía, doía muito.

E naquele corredor do colégio, encolhido ao lado de um bebedouro, eu deixava minhas lágrimas molharem minhas bochechas lentamente, enquanto me lembra de uma vez em que Jimin havia chegado a minha casa extremamente bravo, dizendo palavras rudes para mim porque “supostamente” Yoora havia lhe falado que eu havia lhe humilhado.

Na próxima vez, Jungkook, que a Yoora chegar em minha casa chorando, por você tê-la destratado com palavras e xingamentos nojentos, você nunca mais olhe na minha cara, ouviu bem?”

E um dos piores defeitos de Jimin era aquele, ele não escolhia palavras para falar com as pessoas no ato de repreendê-las, mesmo que eu não precisasse ser repreendido, e até comigo ele era rude em questão à ela, ele simplesmente era bom para qualquer pessoa e tentava fazer de tudo para defendê-la, na verdade isso não seria considerado como um defeito, e sim uma qualidade das grandes.

Yoora sempre foi uma menina esperta e nunca mediu esforços para me prejudicar, e pois isso usava dessa qualidade de Jimin como escudo para si própria e para seu veneno que nunca parecia acabar, e que no caso só utilizava para travar batalhas, essas que eu sabia que não poderiam ser ganhas por mim.

Eu estava sentado naquele chão gelado a mais ou menos 15 minutos e nada do Tae chegar para me consolar, logo o sinal de fim de intervalo iria bater e eu ainda não conseguia parar de chorar, sentia uma forte dor de cabeça e meus olhos pareciam que querer secar, eu não sei de onde surgiram tantas lagrimas, mais talvez eu as tenha acumulado, ou seja o medo de perder algo que eu nem tenho ainda.

Estava sentado em posição fetal, com os braços cobrindo os olhos e de cabeça baixa sobre as pernas, ouvi passos de alguém se aproximando e me assustei, me encolhi mais ao lado do bebedouro, talvez fosse alguém mal intencionado, não é todo dia que vêem ômegas sozinhos nos corredores dessa escola.

– Aigoo, você está bem? Porque está sozinho nesse corredor? Sabe o quão perigoso é um ômega sozinho nesses corredores? – a pessoa fazia perguntas atrás de perguntas, pelo cheiro e tom de voz notava-se que era um alfa, talvez algum do terceiro ano.

– d-desculpe e-eu eu e-uu… – não sabia o que falar, estava com medo do que ele poderia me fazer, eu conheço poucas pessoas nessa escola, seria estranho eu me abrir assim para um desconhecido.
– Você...?

Na verdade é Ômega | PKJ + JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora