Capítulo Cinco

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- Então conseguiu? - Diarra Pergunta impaciente no telefone. - Mas já tem vinte e quatro horas. - Ela grita. - Te dou mais três horas. - Desliga o telefone.

Desde ontem eu não posso sair ou ficar sozinho, é totalmente sufocante.

E também ver ela assim nervosa está me dando medo.

Tudo isso por causa de uma mensagem.

- Calma. - Eu digo. - Vai ficar tudo bem.

Ela apenas me ignora.

O clima já estava horrível.

Diarra fazia questão de controlar até o ar que eu respiro.

O telefone volta a tocar e Diarra atende no segundo toque.

- Fale. - Ela diz.

Ela dá um murro na mesa, irritada.

Ela não diz nada e desliga o telefone.

- O que aconteceu? - Pergunto.

- O telefone é de plástico não pode ser rastreado. - Ela passa as mãos no rosto nervosa.

Aí as coisas complicam, vai ser mais difícil achar o bandido.

- Vai ficar tudo bem. - Eu digo tentando acalmar ela.

- Assim não vai dá. - Ela levanta indo até meu quarto.

Vou atrás dela.

Ela paga uma lama que está no canto e começa a encher com minhas roupas.

- O que está fazendo? - Pergunto.

- Você precisa sair daqui, não é seguro. - Ela fala.

Eu sei que é o trabalho dela, mas quem está sendo ameaçado sou eu, por que ela está tão nervosa?

Resolvo só concordar, eu não quero dificultar as coisas pra ela.

Imagina você ser responsável pela vida de uma pessoa? Deve ser horrível. Ainda mais quando alguém é tão famoso.

Diarra fecha a mala e eu a sigo até a garagem. 

Pegamos o meu carro mais antigo, ele foi um presente do meu pai na minha época de escola e eu nunca usava ele.

Diarra dirige o carro pela cidade ela está tensa e vê-la assim também me deixa tenso.

- Aonde vamos? - Pergunto.

- Para a minha casa. - Ela fala.

Eu vou pra casa dela?

Eu sei que é uma situação ruim mas eu estava curioso em saber com ela vive.

Ela quase nunca fala sobre a vida dela, e agora eu podia descobrir muitas coisas sobre ela.

- Seu celular está com você? - Ela me pergunta.

- Sim. - Pego me celular do bolso e entrego a ela.

Ela pega da minha mão e joga o celular pela janela.

- Por que você fez isso? - Perguntei.

- Provavelmente seu celular está sendo raqueado. - Ela fala.

Mesmo assim. Como ela pôde fazer isso? Nem me perguntou se podia.

E foi muito caro.

- Você sabe quanto vale esse celular? - Eu pergunto.

- Você não é rico? - Ela me olha.

Ela me pegou, eu sempre dizia isso pra ela.

- Não se preocupe, depois você compra outro. - Ela fala.

Meu Ponto Fraco. - Completo.Onde histórias criam vida. Descubra agora