Capítulo Um.

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Sabe aquela sensação de estar sendo observado?

Pois é, mas não era só uma sensação.

Tem literalmente uma pessoa me observando o dia todo.

E o nome dela é Diarra.

Parece que eu tenho uma babá. Claro que é uma babá mais forte que dragão guerreiro.

Mas eu ainda me sentia uma criança que tem uma babá.

- Eu vou sair. - Digo pegando a minha chave do carro.

Ela imediatamente me segue.

Ela não fala muito comigo, só quando eu pergunto alguma coisa ela me responde sim e não.

Ela é uma pessoa tão calada.

É estranho, parece um fantasma me seguindo.

E o pior que ela sempre usa preto. Alguém precisa apresentar as outras cores a ela.

Eu amo preto, mas não uso todos dias.

Destravo meu carro e sento no banco do motorista.

Diarra senta atrás.

O que me incomoda muito

- Você pode sentar na frente. -Digo olhando para ela no banco de trás.

- Aqui está bom. - Ela responde.

- Eu não me sinto confortável em dirigir assim, parece que sou seu motorista. - Digo.

Ela me olha e sai do carro sem reclamar.

Ela entrar novamente e desta vez senta no banco do passageiro.

Sorriu satisfeito. E dou a partida no carro.

Depois de muitos minutos em silêncio eu resolvo quebrar o silêncio.

Eu estou muito curioso pra saber mais sobre a vida dela.

- Quantos anos você tem? - Pergunto.

- Você não precisa saber. - Ela Responde.

Ela é osso duro de roer.

- Nossa, essa doeu na alma. - Digo.

Ela apenas continua a olhar pra frente.

- Você é sempre séria assim? - Pergunto.

- Só quando estou em horário de trabalho. - Ela diz.

Ela me respondeu? Uau. Inacreditável.

- Comigo você pode ser você mesma. - Digo. Tentando ser amigo ela.

- Não, obrigada. - Ela Responde.

Sabia que não ia ser fácil.

- Você só usa roupas pretas? Por que? - Pergunto.

- Se eu responder essa pergunta você não fará mais perguntas okay? - Ela diz.

- Prometo.

- Quando se é polícial, você não tem tempo de procurar roupa, então eu uso tudo preto por que facilita na hora de uma emergência.

É faz sentido.

- Ah entendi.- Digo.

Ligo a rádio. Pra acabar com o clima estranho.

Está tocando uma música minha. Wake up.

É a minha música mais nova. Todas as minhas fãs amaram.

- I don't, I don't, I don't wanna wake up no more nightmares when you lay there can you stay here 'till the morning comes? - Canto junto com o rádio.

Olho pra Diarra mas ela não demostra nenhum tipo de expressão.

Essa é difícil.

_________

Chegou o escritório do senhor Roger.

Hoje eu vou ter um show então precisamos rever as regras de segurança.

- Então Noah, alguma nova ameaça? - Ele me pergunta.

- Não senhor. - Respondo. - Desde que eu troquei o celular não recebe nenhuma ameaça.

- Isso é bom. - Ele diz levantando. - Por favor me conte tudo o que acontecer. - Ele diz. - E por favor não encha o saco da Diarra, ela é uma profissional séria.

Desde quando eu sou assim?

- Eu não fiz nada com ela. - Me defendo. - Mesmo se eu quisesse ela nem fala comigo direito.

Ele suspende as sombrancelhas.

- Nem pense. - Ele me diz.

Eu não estou pensando em nada.

- Eu quero te pedir um favor. - Digo.

- Se tiver ao meu alcance eu farei. - Ele  senta no meu lado.

- Senhor Roger. - Diarra entra na sala. - Já está tudo certo.

- Obrigada Tenente. - Ele diz. - Eu agradeço tudo o que tem feito.

- É só o meu trabalho. - Ela diz.

- Então Noah, qual o seu pedido? - Ele me pergunta.

- Nada não. - Respondo.

- Então tá. - Ele fala. - Vocês podem aí até o local do show para ensaiar.

Me levanto e sigo com ela até o meu carro.

Me levanto e sigo com ela até o meu carro

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- Cinco minutos. -  A produtora grita.

Eu olho pra Diarra que está colocando uma escuta no ouvido.

Ela vem até mim.

- Se você ouvir qualquer zuada se jogue no chão. - Ela diz.

- Tudo bem. - Respondo.

- Eu vou estar o tempo todo te observando qualquer coisa você grita "O dia está lindo" esse vai ser o nosso sinal. Okay?- Ela diz.

Que sinal mais estranho.

- Okay? - Respondo imitando ela. - Não se preocupe eu ja fiz um milhão de shows desde que recebi as ameaças. - Digo.

Ela chega perto de mim e coloca uma escuta no meu ouvido.

Ela está tão perto que dá pra sentir o seu perfume.

Eu sei, eu sou conhecido por ser mulherengo mas juro que nunca olhei pra ela como mulher.

Mas agora é meio impossível.

- Eu não preciso ficar tranquila. Você que precisa. - Ela diz se afastando de mim.

Eu também não tinha reparado que ela era tão bonita.

- Um minuto. - A produtora volta a gritar.

- Pode ir. - Ela diz. - Qualquer coisa grita O dia está lindo.

- okay,  Eu vou lá. - Digo me virando.

Escuto a voz do público gritando o meu nome.

É tão incrível que tantas pessoas gostem de mim.

Só por que a minha voz é bonita.

- Oi gente boa noite. - Digo entrando do palco. Todos gritam. - Vamos cantar muito e se divertir hoje. AMO VOCÊS.


Meu Ponto Fraco. - Completo.Onde histórias criam vida. Descubra agora