Vinte e cinco.

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- Aí! - Grito quando uma bala acerta o meu braço.

A dor é indescritível, horrível, horrorosa. Minha pele parece que foi cortada em mil pedaços. O sangue vermelho escuro escorre pelo meu braço e eu tento não gritar mas não consigo.

Eu pensei que a Diarra chegaria a tempo.

- No Braço? Eu falei para atirar no coração. - Josh grita irritado.

- Sinto muito senhor da próxima vez não irei errar. - O capanga que me deu o tiro diz voltando a apontar a arma para mim.

- Por favor não... - Imploro, tento me mexer mas a dor do meu braço me faz fechar os olhos com força. - Roger por favor.

Os olhos do mais velho vão para a minha feridas.

- Atire! Atire logo! - Josh volta a grita.

Tudo bem, Diarra, não quero mais brincar pode aparecer.

Volto a fechar os olhos esperando o outro tiro e escuto o disparo. E o barulho de algo quebrando.

- Polícia, todo mundo pro chão! 

Abro os olhos rápido e vejo o atirador no chão, ele tem um buraco de bala nas costas.

Levo meus olhos para cima e a vejo parada apontando uma arma para a cabeça do Roger. 

- Vocês estão presos. - Diarra diz tranquila. - Não tentem nenhuma gracinha ou você ficaram igual a esse cara.

Respiro aliviado, que bom que é ela. E que bom que eu não tomei um tiro no meio da cara.

Logo muitos polícias entram e cada um fica encarregado por um criminoso.

- Que droga! - Vejo Josh se debater. - Por que não atiraram logo nesse babaca? Foi tudo em vão.

Um dos polícias me desamarra mas as minhas pernas ainda estão tremendo, coloco minha mão no meu braço feriado sentindo a dor ficar cada vez mais forte.

- Chamem a ambulância. - Diarra me olha depois de colocar as algemas em Roger. - Está doendo muito? - Ela se aproxima de mim preocupada. - Sinto muito Noah, demorou muito mais do eu esperava para te achar. Mas vc vai ficar bem, não parece estar muito profundo esse ferimento.

Ela segura o meu braço avisando.

- Que bom que você veio. - Digo. - Eu estava te esperando.

- É claro que eu viria. - El diz. - É o meu trabalho, proteger meu namorado.

Mesmo com a dor eu não pude deixar de sorrir, ela me chamou de namorado.

Escutamos a cirene da ambulância se aproximando.

- Vem, eu te ajudo a ir para fora. - Diarra passa para o outro lado me ajuga a levantar colocando meu braço bom em cima do seu ombro.

Olho para frente e vejo que Josh consegui se soltar dos policias, ele corre até o cara caído no chão e pega a arma da sua mão.

Ele aponta a arma e atira mas não na minha direção, na direção da Diarra.

Em um ato quase automático puxo a Diarra para o lado e fico na sua frente.  

Abro meus olhos mais do que o normal quando sinto a bala fria entra nas minhas costas. Meu corpo fica imediatamente imóvel e mole, fazendo as minhas pernas enfraquecer.

Diarra me segura desesperada.

- Noah! - Ela me chama assustada.

Ela é linda mesmo assim.

Meu Ponto Fraco. - Completo.Onde histórias criam vida. Descubra agora