Capítulo Oito.

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Enquanto Diarra e Olivia preparava alguma coisa na cozinha, eu e o Sr incrível ficamos sozinhos no quintal.

Eu não estava afim de conversar com ele, mas ele insistia em puxar assunto.

- Então, como é ser uma celebridade? Você deve ter muito dinheiro.

- É legal, muitas pessoas te amam e você ganha muitas coisas de graça. - Respondo.

Eu gosto da minha vida, ser famoso é bom. Mas eu nunca posso confiar nas pessoas, geralmente só se aproximam de mim por interesse.

- Você não queria ter uma vida normal? Sabe poder fazer o que quiser.

- As vezes sim, as vezes não. - Dou os ombros. - Eu posso te perguntar uma coisa?

Tem uma coisa que eu quero muito saber.

- Pode. - Ele diz despreocupado.

- Você ainda gosta da Diarra? - Pergunto.

Ele me olha como se pensasse na resposta.

- Sim. - Ele diz. - Eu respeitei a decisão dela em ir embora no passado. E antes tinham coisas que me prendia aqui.

- E agora? - Pergunto.

- Agora? Agora não tem mas nada, se ela me pedir pra ir com ela eu vou sem pensar duas vezes. - Ele diz.

Eu fico calado. Não esperava essa resposta. Se ele está falando sério, será que a Diarra Também pensa assim?

- Legal. - Digo. - Vou no banheiro.

Levanto caminhando até o banheiro.

Não sei por que eu me incomodei por ele dizer isso. Talvez seja por que ela trata ele tão bem e a mim não.

Depois de vinte minutos eu volto para o quintal.

- Aonde estava? - Diarra me pergunta.

- No banheiro. - Digo olhando ao redor. - Onde estão os outros?

- Já foram, Olivia dormiu. - Ela diz bebendo um vinho.

- Você já bebeu quantas taças? - Perguntei.

- Sete? Oito? Eu não lembro. - Ela diz. - Vamos dançar. - Ela correu até uma caixinha de som ligando-a.

Uma música super antiga começa a tocar.

- Eu amo essa música. - Diarra começa a dançar de um jeito desengonçado tropeçando nos pés.

Eu fico impressionado o quanto ela dança mau.

- Você não vai dançar? - Ela me pergunta.

- Não, eu não sei dançar. - Digo.

- Okay. - Ela desliga a música. - Eu não quero dançar sozinha. Vamos beber. - Me entrega uma taça e depois coloca o vinho.

- Você não deveria beber tanto. - Digo.

Ela me olha com uma cara feia.

- Não me diga o que fazer. - Ela me empurra.

- Foi só uma sugestão. - Eu digo bebendo o vinho.

- Sabe, essa é a primeira vez que eu bebo, desde quando meu pai se foi. - Ela diz.

- Você deve ter sofrido né. - Digo.

E até imagino com foi difícil pra ela.

- Eu fiquei sozinha nessa casa enorme. - Ela suspira. - Minha mãe e minha irmã já tinham ido embora e depois meu pai. Eu estava sozinha no mundo. - Ela encara o chão.

Meu Ponto Fraco. - Completo.Onde histórias criam vida. Descubra agora