Capítulo Doze.

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- Arrume sua mala vamos voltar para Los Angeles. - Foi o que eu ouvi Diarra me dizer quando ela entrou no meu quarto.

- Vamos voltar? Por que? - Pergunto confuso.

- Já pegamos o cara que te ameaçou. - Ela diz pegando as minhas roupas na pequena cômoda.

Mas já?

Me levanto e vou até ela.

- Quem é?

- Joe Hamishi. - Ela joga as roupas em cima da cama.

- O cara da loja de eletrônicos?

Eu não entendo qual motivo ele tem pra me odiar.

- Sim. - Ela para e me olha. - Você não vai ajudar? Temos que ir embora logo.

Pego a mala e coloco junto com as roupas.

- Qual motivo ele tem pra me ameaçar? - Pergunto colocando as roupas de qualquer jeito na mala.

- É o que vamos descobrir se você adiantar o lado. - Diarra estava impaciente.  - Eu vou ajeitar as coisas, quando acabar me espere no carro. - ela sai do meu quarto rápido antes que eu pudesse falar alguma coisa.

Tudo está dando errado. Eu já tinha um plano perfeito para fazer ela se apaixonar por mim. Agora que já pegaram o culpado não tenho mais motivos pra ficar com ela.

Depois de terminar arrumar a mala, faço como ela mandou e vou para o carro.

Então essa é a última vez que ela e eu vamos ficar juntos. Última vez que vamos andar juntos nesse carro. Agora tudo está acabado. 

- Vamos. - Ela estava extremamente igual  ao dia que eu a conheci. Calça preta blusa branca, bota cano alto e óculos escuros. Pronta pra matar.

Eu não me lembro de antes, mas agora eu percebo que ela é totalmente demais.

Totalmente meu estilo.

Diarra destrancar o carro e eu coloco a mala no banco detrás.

- Eu posso dirigir? - Pergunto a ela.

- Tanto faz. - Ela da os ombros me entregando as chaves.

Ela é tão fria.

Entramos no carro e eu começo a dirigir em silêncio.

Eu queira conversar e ouvir a voz dela mas ela estava pensativa. Eu não sei qual era o motivo, mas parece que prender esse cara vai mudar a vida dela de algum modo. Então eu só ficava olhando pra ela de canto de olho sem dizer nada.

- Foco na estrada. - Ela diz.  - Por que está me olhando tanto?

- Eu não estava te olhando, só estou conferindo o retrovisor. - Digo.

- Eu te conheço. - Ela me olha. - Quer me perguntar alguma coisa não é?

Por que eu sou tão previsível?

- Por que está tão nervosa? - Pergunto.

- Se ele for o culpado eu vou ser transferida para outro estado, onde minha irmã está. - Ela diz. - Então vai ser mais fácil procurar por ela.

Ela vai se mudar?

Será que é horrível desejar que ele não fosse o culpado?

- E se ele não for o culpado? - Pergunto.

- Ele é. - Ela diz certa. - Achamos câmeras escondidas perto da sua casa e ele tinha controle delas pelo notebook.

Que azar o meu.

Mas eu não entendo como ele pode de odiar, eu nunca fiz nada para irrita-lo.

- Que bom. - Digo. - Fico feliz que você vá se encontrar com ela depois de todo esse tempo.

Não é mentira, eu quero que ela se encontre com a irmã, só não quero que ela se mude.

-  É tudo o que eu mais quero. - Ela diz. - Eu só aceitei esse caso por que prometeram me mudar.

- Ah. - Eu não sabia o que dizer.

-  O que vai fazer agora? - Ela me pergunta. - Você não precisa mais se esconder.

- Provavelmente Roger vai me matar de tanto trabalhar. - Digo. - Você sabe muitas turnês e álbuns novos até o final do ano eu vou estar totalmente atolado.

- Boa sorte com isso. - Ela diz. - Mas pelo menos é uma coisa que você gosta de fazer.

É verdade.

Eu amo cantar e tocar para tantas pessoas, é uma sensação incrível. Quando estou no palco é muito insano, me sinto completo.

O problema é quando estou em casa. Eu me sinto sozinho. Mas com a Diarra lá, é diferente. Eu não me sentia só.

- É, eu gosto. - Digo.

- Isso é bom, nós dois vamos sair ganhando. - Ela diz. - E você não perdeu a vida.

- Obrigado. - Digo. - Sei que fez o seu melhor pra me proteger, eu sou muito grato por tudo.

- Eu só fiz o meu trabalho. - Ela diz baixo.  - Ah, Obrigada por concertar o violão do meu pai. Eu nem agradeci.

- Não foi nada. Eu que mais usei ele. - Digo. - Mas você bem que podia cantar pra mim. Você disse que cantaria se eu consertasse seu violão.

- Nunca confie em palavra de bêbedo. - Ele diz.

Eu posso está um pouco maluco mas ela tinha dado um sorriso de lado. Bem discreto mas eu vi.

________

Diarra Pov.

Entro na sala de interrogatório e coloco a minha melhor cara de mandona, com o intuito de colocar medo nesse tal de Joe.

Eu quero muito que funcione, Essa cara sempre deixou o Noah com medo.

- Joe Hamishi. - Digo olhando pra ele.

- Quem é você? - Ele me olha assustado.

É isso que eu quero

- Tenente Sylla. - Digo.

- Eu já disse pro seu amigo lá fora que eu não tenho nada haver com o Noah Urrea.  - Ele diz.

Já tinham me dito que ele negou tudo, mesmo com provas.

É claro que ele pode ir para a cadeia com as provas que temos mas se ele confesse o processo seria mais rápido.

E quanto mais rápido terminasse o processo mais rápido eu poderia contar minha irmã.

- porque não facilitamos as coisas? Se você confessar eu vou embora mais rápido e sua pena pode ser até reduzida.

- Mas eu sou inocente. - Ele diz.

- Do adianta negar? - Pergunto. - Já temos provas. Vamos Joe, você só precisa admitir que ameaçou o Noah Urrea.

- Mas eu não ameacei ele.

Eu já estou sem paciência.

- Então por que você colocou câmeras próximo a casa dele? Não foi para espionar?

- Não foi por isso. - Ele diz. - Eu nem sabia que ele morava naquela região.

- Não minta pra mim. - Bato as mãos na mesa fazendo ele se assustar. -eu vou perguntar só mais uma vez. Mas pense bem antes de responder. Você ameaçou Noah Urrea de morte sim ou não?

- Não. - Ele diz.

Eu estou encrencada.

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Toda vez que eu escrevo aqui eu fico com Wake UP na cabeça.

Então, o que vocês acham, será que esse é realmente o culpado?

Meu Ponto Fraco. - Completo.Onde histórias criam vida. Descubra agora