A estranha beleza do ser

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Minhas lembranças estão adormecidas
Estou entorpecido em pensamentos opacos
Rodeados por uma neblina tão cinza e densa, que não consigo desenhar as palavras
Não consigo reproduzir meus pensamentos no papel

A falta do meu ser se personifica no ato de não escrever

Porém, consigo enxergar uma estranha beleza na falta de inspiração para a escrita
Ou mais especificamente, naquele momento entre a paralisia e o despertar das ideias
É uma sensação libertadora, sentir as palavras escorrendo pelo corpo

Então

Não consigo segurá-las, e percebo a súbita necessidade de derramá-las no papel

Assim volto ao ciclo
E finalmente
Me reescrevo.

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