Oceano de incertezas

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Portos seguros nunca foram tão seguros para mim
Me apegava tanto ao conforto, a quietude, que preferia ficar agarrado a borda
Tão acostumado a ser arrastado  de volta pelas ondas
Que o raso parecia ser o único lugar seguro a que me segurar

Mas o mar já não me assusta tanto assim, passei tantos anos segurando-me a borda
Observando os movimentos do oceano, que aprendi a nadar contra as tempestades

E agora, consigo enxergar:

A maré não vai estar sempre alta, e o mar também pode ser calmo 
E apesar da agitação, do meu grande medo da escuridão
Nem todas as ondas vão me arrastar de volta, e se me arrastarem, tudo bem

Afinal,

Não sou o único a nadar nesse grande oceano de incertezas.

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