Me retiro aos poucos, acentuando o que te incomoda
Sempre me retiro aos poucos, chorando escondido nos cantos escurosPorque já sei lidar com a dor causada por mim mesmo
É mais fácil me ferir antes, com cortes finos sobre a pele fria
Do que te assistir indo depois, seu punho fechado contra a superfície do meu serEntão desapareço lento, sumindo o que restava de mim
Sumindo e deixando sumir, tudo o que restava de nósTe sigo todos os dias, espalhando despedidas por todos os cantos
Me despeço, porque sinto que mimha pele está se desfazendo
O fim sempre está próximo, quando o que te decompõe vive do lado de dentroPosso deixar de existir, mas não vou deixar de te escrever
Todas essas letras, mesmo as vazias, me ensinaram muito sobre vocêAntecipo minha ida, fugindo às pressas de mim mesmo
Me assistindo dizer adeus, sem precisar dizer o porquê
Sou como uma estrela que já está morta, mas você ainda me vê
Há anos-luz de distância, brilhando pelo seu céu.
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Pó de Estrelas
PoetryColetânea de poesias e versos escritos por mim, um compilado de experiências e amizades, uma eterna lembrança e uma celebração à nostalgia. Aqui eu agradeço, compreendo e escrevo, deixo meus fantasmas, todo meu pó de estrelas e as sombras do que pas...