Consegui sentir o caminho arder entre seus dedos e os meus
Senti que algo estava se rompendo, provavelmente minha estranha inocência
Que estava todos esses anos se deteriorando, impregnada de medo
Medo do toque, das palavras, das atitudes
Minha infância, talvez uma vida inteira tomada de mim
Medo, uma vez aqui
Me fez querer não existir mais
Depois que tentei sair, os que eram próximos se tornaram estranhos
E os que não eram, agora tem medo de se aproximar
Então, provavelmente estou sozinho
E se eu não estava antes agora estou, de fato
As palavras parecem voltar ao cérebro, eu consigo escrever de novo
Só não vejo sentido em nada que escrevo
Porque parece muito errado continuar a escrever
Se eu já tinha traçado um ponto final para minha história
Talvez eu entenda isso, ou apenas continue vagando nesse vazio, sem respostas
Mas acho que posso encontrar algo para me prender, eu espero poder encontrar algo a que me prender
Estou vivo e morto, cada dia e cada noite
Vivo
Morto
Vivo
Morto
Vivo e morro,
E a brincadeira não tem fim.
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Pó de Estrelas
PoesíaColetânea de poesias e versos escritos por mim, um compilado de experiências e amizades, uma eterna lembrança e uma celebração à nostalgia. Aqui eu agradeço, compreendo e escrevo, deixo meus fantasmas, todo meu pó de estrelas e as sombras do que pas...
