8. They're our family. You belong to these people.

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- ELES ESTÃO NA DUNA! - gritou um homem que acabara de sair da base militar com dezenas de outros homens em quadriciclos barulhentos.

- Não parem! - Thomas gritava para os outros clareanos enquanto todos se esforçavam para não escorregarem pela areia que parecia querer engoli-los. - Vamos despistá-los na tempestade! - ele gritou enquanto empurrava as costas de Nancy para que ela subisse mais rápido.

Depois de bastante tempo correndo dos guardas, eles conseguiram se esconder atrás de uma duna bem distante da base. Os homens começaram a se espalhar e a quantidade de homens que se aproximavam deles era menor, mas a área que o enorme grupo dominava ficava cada vez maior.

- Vamos, abaixados! Abaixados! - Thomas falava enquanto todos se rastejavam duna abaixo. Depois de uma certa distância, começaram a correr.

- Teresa, vai devagar! Não se perca! - Nancy gritou quando a garota disparou na frente do grupo.

Os garotos falavam, mas com o objetivo de ouvir as vozes um do outro e não se perderem do grupo no meio da tempestade de areia, já que o diálogo entre eles não fazia sentido nenhum. Teresa escorregou por uma pequena ladeira e colocou as mãos na frente para se proteger. Ela sentiu algo sólido e liso e percebeu que eram janelas. Viu que era uma enorme construção e procurou por alguma entrada, logo encontrando um enorme rombo no vidro de uma das janelas. Depois de tentar enxergar um pouco na escuridão lá dentro, Teresa entrou.

- Teresa, não! - Nancy gritou, parando na frente do rombo.

- Desçam aqui! - ela gritou de volta enquanto todos entravam e tentavam manter o equilíbrio, descendo pela enorme rampa de areia para não saírem rolando.

Todos entraram. Minho ligou a lanterna que havia furtado na base e olhou ao redor, revelando uma construção completamente abandonada e destruída.

- Onde estamos? - ele perguntou como se alguém realmente fosse responder.

- Temos que ir. - Thomas falou, ignorando completamente o que Minho dissera.

- Não. - Teresa respondeu, ofegante. - Thomas, para!

Thomas se virou para Teresa, um pouco confuso. Nancy não sabia o que pensar sobre aquela situação e não queria pensar. Ela tremia como uma gatinha assustada e sentiu-se culpada por isso, pois não deveria ter medo. Tudo aquilo que relembrou e que Janson lhe contou a deixou completamente em choque, assim como Newt, mas ele parecia lidar um pouco melhor com a situação. Uma lágrima escorreu pelo rosto dela e Nancy soluçou de um jeito incontrolável. O som ecoou pela construção vazia e todos olharam para ela, fazendo seu rosto corar de vergonha por estar chorando.

- M-Me desculpa. - Nancy gaguejou, dando um passo para trás e secando o rosto, deixando-o mais sujo. - Eu s-só... D-Desculpa.

- O que fizeram com você? - Newt perguntou, aproximando-se da irmã que recuou um pouco e se envolveu nos próprios braços, mas deixou que ele encostasse nela e aquilo lhe causou uma pequena sensação de conforto.

- E-Eu não sei, N-Newt. - Nancy não conseguia não gaguejar. Sentia-se confusa por não saber exatamente o que estava acontecendo, triste por saber que poderia ter perdido seu irmão mais novo para sempre, culpada por ser filha do monstro que queria machucar seus amigos e com raiva por se sentir tão fraca e medrosa. - Eu n-não me lembro do que a-aconteceu exatamente, m-mas a minha m-memória começou a v-voltar. E-Eu tô lembrando d-de tudo. T-Toda a minha v-vida. Me desculpa.

- Mas por que diabos você tá pedindo desculpas? O que você fez? - Minho perguntou alto, mais do que parecia ser necessário, assustando um pouco Nancy e deixando Newt meio irritado.

A Reason To Keep Fighting《 MR: The Scorch Trials Fanfic 》Onde histórias criam vida. Descubra agora