16. Hey, don't talk to her like that!

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Jorge voltou à sala onde havia se reunido com os clareanos e começou a arrumar as suas coisas com pressa. Ele até arrancou os fios do rádio que usou antes para que os outros não pudessem receber as mesmas informações que ele. Quando Jorge virou-se para trás, deparou-se com Brenda de braços cruzados.

- Vai a algum lugar? - ela perguntou, parecendo chateada.

- Nós dois vamos. Pegue o essencial e seja discreta.

Jorge passou por ela e colocou a mochila no chão, colocando mais alguns walkie-talkies dentro dela. Brenda virou-se para ele, ainda de braços cruzados.

- Onde é que a gente vai? - ela perguntou, deixando a expressão chateada e mostrando uma curiosa.

- É para valer, Brenda. - Jorge respondeu, levantando-se. - Esses caras são a nossa entrada. O Braço Direito não vai nos rejeitar. Anda logo.

Jorge se dirigiu ao outro lado da sala. Seus homens dormiam, exceto aquele que Nancy havia batido e que desconfiava de Jorge. Ele segurava um walkie-talkie e parecia pensar sobre algo. Enquanto isso, os clareanos tentavam escapar das cordas.

- Tudo bem, é o seguinte - Thomas explicou - Minho, você empurra a Teresa para que ela agarre a grade e depois, faz o mesmo com a Nancy. A Teresa vai abaixar a alavanca, soltar-se, soltar a Nancy e depois a gente. Vamos, rápido.

Thomas olhou para Nancy e viu que ela estava sonolenta, mas não porque estava com sono. A fita na sua boca impedia que ela respirasse mais profundamente, ou seja, impedia que não respirasse tão bem quanto eles. De cabeça para baixo, com os punhos amarrados e completamente esticada, Nancy com certeza morreria sufocada.

- Nancy, não dorme! - Thomas gritou, apavorado. Ela arregalou os olhos e piscou algumas vezes, depois voltou a ficar sonolenta. - Nancy! Nancy, me escuta!

Os outros clareanos perceberam o que estava acontecendo e começaram a falar com ela também. Minho conseguiu empurrar Teresa, mas não forte o suficiente para que ela alcançasse a grade. Ela grunhiu pelo esforço e ele gritou de frustração, mas tentaram de novo enquanto os clareanos falavam com Nancy para mantê-la acordada. Mais outra tentativa fracassada, mas a terceira deu certo.

- Boa! Isso aí! - os garotos gritaram quando viram que Teresa havia conseguido.

Minho se balançou até agarrar a gola da blusa de Nancy. Depois a segurou com as duas mãos e a empurrou na direção de Teresa, que agarrou os punhos esticados da amiga e a puxou para a grade. Nancy agarrou a grade, ficando ao lado de Teresa que empurrou a alavanca até que elas se sentassem no chão. Os garotos gritaram diante da repentina descida. Teresa tirou a fita da boca de Nancy, tentando não lhe causar dor. Quando ela jogou a fita no chão, Nancy suspirou alto, chamando a atenção de Thomas e lhe causando uma onda de alívio.

- Nancy, você tá bem? - Newt perguntou enquanto tentava se virar para vê-la, o desespero estampado na voz.

- Eu tô. - ela respondeu, respirando fundo enquanto Teresa soltava a corda dos punhos dela.

- Graças a Deus. - Thomas sussurrou, fechando os olhos, pois nunca esteve tão aliviado na vida.

- Eu já te disse uma vez que ser tagarela poderia te matar. - Minho falou.

- Eu não sei o que aconteceu com você depois que aquele raio caiu na sua cabeça - Nancy replicou, voltando a falar com todo o fôlego. - Mas quando você descer daí, eu vou te espancar, seu trolho.

- Alguma chance de eu seu o último?

- Claro, eu quero que todos assistam - Nancy respondeu, levantando-se com Teresa depois de ter soltado as cordas das suas pernas.

A Reason To Keep Fighting《 MR: The Scorch Trials Fanfic 》Onde histórias criam vida. Descubra agora