Me leva pra fora

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No fim quando descobrimos que estávamos presos aqui e nem se que éramos reais, eu realmente fiquei perdido, fingi estar bem, mas no fundo estava surtando, eu tinha tanto pra fazer e falar, eu jurava que tinha finalmente me aproximado mais do Adam e da Mira, mas nem são eles de verdade, nem sou eu de verdade..... Será que o verdadeiro eu conseguiu? será que ele sabe que o Adam é gay? ou eles nunca tiveram uma boa conversa para contar.... talvez eles nem se falem mais.... eu não estranharia se eles me largassem, como eu vi eu estava apenas tampando um buraco que por coincidência estava disponível, talvez eles já tenham feito as pazes e meteram o pé na minha bunda.

Não, o Adam e a Mira não fariam isso, eles são legais, mas eu só piso na bola com eles, em vez de apoia-los e ajuda-los nesse momento de crise eu fiz foi é ajudar uma menina estranha pra mim....Talvez seja por esta deslocado, momentos antes eu estava gostando da Mira mas ela não gosta de mim e o menino que ela gostava morreu, então meio que quis me acolher em outra pessoa, mas não é ela quem queria de verdade, meio que eu gosto muito do adam, da personalidade dele, de como ele me trata e fala comigo, me sinto bem perto dele, no dia que ele me contou que era gay, tentei contem meu sorriso mas não consegui, eu queria contar que era bissexual, não tive coragem, eu tinha cartazes com fundo da bandeira bi, torci que ele notasse mas ele nem olhou pra eles, acho que se ele soubesse talvez ele me desse uma chance.... logico que não daria, ele é incrível e eu sou só um pateta mimado, provavelmente ele goste o Reeve, melhor eu não me meter entre eles.....

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Hoje é o primeiro dia depois que estamos vivendo oficialmente no mundo virtual, parece que meus pais não foram gerados nesse mundo, eu os via tão pouco que o jogo não deve ter coletado informações suficientes, até é bom não gostaria de velos berrando um com outro e comigo sem motivo nenhum, a casa basicamente esta vazia, apenas eu e o Davis (meu mordomo) que é mais meu parente que meus pais, mas já estou acostumado, sempre chamo meus vizinhos pra vim aqui em casa, mas acho que não confio nessas versões digitais deles, melhor ficar aqui e procurar motivos pra continuar nesse fingimento.

As primeiras coisas que me vem na cabeça é que pelo menos "meus amigos" estão aqui, Adam e Mira especialmente, eles são duros comigo, talvez eles não me vejam no mesmo nível de amizade, e ainda mais que o antigo melhor amigo deles voltou, eu vou ser mais esquecido ainda, é melhor eu ficar aqui em casa mesmo deitado até esquecerem totalmente de mim, sempre me virei antes, posso continuar vivendo sozinho..

Era 11 da manhã e eu não pretendia sair da quela cama tão cedo, de repente ouso um barulho vindo de baixo.

- Davisss? é você? - não escuto resposta.

Me escondo embaixo da coberta com medo, merda ainda to de pijama, de nuvenzinhas ainda por cima, não posso sair na rua e ser visto assim, vou apenas me esconder de baixo da coberta tenho certeza de que vai dar certo. A porta do meu quarto abre e ouso passos, e sinto algo pegando na minha perna, levei um susto e grito, jogando a coberta pra cima, e a luz liga, e vejo o adam, não penso duas vezes e corro pra cima dele pra ele me proteger, e ele me pega no braço.

-Calma, clama, só vim ver se estava tudo bem com você, não precisa ficar com esse medo todo, ta tudo bem. - ele olha pra mim com um olhar todo carinhoso, enquanto me segurava deitado nos braços, quando me toquei da vergonha sai rapidamente dos braços dele.

- Então era você?! não sabe bater ou avisar o Davis ?!?! - digo tentando ficar serio, num tom bravo, como se eu não estivesse feliz dele ter vindo, o que era uma grande mentira.

- A tudo bem, desculpa, só fiquei preocupado sabe, você não é de dormi até essa hora, sempre acorda cedo e animado me enchendo a paciência. - diz ele meio sem graça.

- Sim esse era o eu verdadeiro, mas o eu do mundo que eu fui trocado pelo seu velho amigo, esse eu, não gosta de atrapalhar a amizade alheia - Digo revirando o rosto e cruzando os braços.

Adam on

- Trocado?! - soltei uma leve risada

Kai é tão fofo quando fica fazendo bico.

- Eu quase acredito que você ta mesmo com raiva. - digo ele chegando perto.

- É talvez eu não esteja com raiva, mas sim triste, como você mesmo disse, vocês só me chamaram pois abriu uma vaga e por acaso eu estava disponível, mas eu estar disponível não é nada ao acaso, nunca dou certo nas equipes sempre sou trocado, então tudo bem, essa não foi a primeira e nem a última vez que me trocaram, eu estou bem, foi mal pelo drama. – Fala ele dando um pequeno sorriso de canto olhando pra baixo.

- Não Kai, não está tudo bem, não é bem assim. – digo sem graça

Realmente foi um acaso, mas não sei se como seria minha vida sem ter conhecida o Kai, querendo ou não muitas vezes ele que me trás energia com o jeito bobão feliz contagiante dele..

- Sabe Kai, antes eram só brigas e disputas de egos, com você é tudo diferente, um diferente bom, e eu fico feliz de a pessoa que entrou na equipe seja você. Você é uma boa pessoas eu sei disso, por exemplo mesmo numa cidade tão preconceituosa como a nossa eu te contei que sou gay e você não teve nenhum preconceito comigo ou me tratou de forma diferente, contei porque eu confio em você e no fato de você ser quem é, mas nem todos são assim, Reeve não é uma dessas pessoas, pode não parecer mas quando ele descobriu que eu sou gay que começou todas essas implicâncias, você é muito melhor que ele, por favor não fique com raiva de mim - digo quase chorando sem graça

Kai on

Eu estava ouvindo, porém com a cara virada e com os braços cruzados, mas quando terminei de ouvir virei e o vi lacrimejando, me senti um monstro por faze-lo passar por isso e desfaço minha pose de birrento e corro e pego na mão dele e comecei falar rapidamente.

- Me desculpa Adam, eu estava apenas sendo um mimado egoísta, não quero de deixar triste, logico que não estou com raiva de você, não sei como seria minha vida se não tivesse conhecido você e a Mira e bla bla bla – digo sorrindo pra ele – não quero te deixar triste do nada com meus dramas, vamos sei la nos divertir

- Então vamos, não fique preso nesse quarto sozinho, se tiver algo te incomodando não guarde pra você, pode me contar e daremos um jeito - ele fala desfazendo e põem a mão no meu ombro e abre um sorrido de canto, e eu sorri de volta sem graça e tímido.

Ele anda até a porta e estica a mão pra mim, e diz "vamos?" eu abro um sorriso de canto e corro pra pegar a mão dele, e ele me leva pra fora do quarto. 

The Hollow - CONTINUAÇÃO DA SERIE (Kaidam)Onde histórias criam vida. Descubra agora