9 | Mason

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P.O.V YEONJUN

Beomgyu me levou até a casa de Taehyung após a senhora Wolsen nos deixar sozinhos para se encontrar com algumas amigas. Fomos o caminho inteiro rindo de algumas lembranças, e em nenhum momento ele deixou de segurar minha mão, conseguindo dirigir com segurança usando apenas uma. Não me importo se estamos indo rápido demais; só o quero comigo.

Logo ele estacionou em frente à casa do meu melhor amigo, e o dia já havia ido embora, deixando a rua completamente escura, sem nenhuma iluminação dos postes.

— Tem certeza que não preciso te buscar? — ele pergunta preocupado, pela milésima vez, e eu nego novamente.

— Yoongi me leva, ou eu durmo aqui mesmo. Mas eu preciso conversar um pouco com o Tae. Sobre tudo. — Dou um sorriso fraco, e Beomgyu fecha a cara outra vez, pensando nas mesmas coisas que eu.

— Sinto muito que você tenha ouvido aquelas merdas da boca do Hendrick. Foi por isso que eu não queria você naquela reunião. Não queria encher sua cabeça com isso; não era necessário. Deveria ter me ouvido e não me enfrentado na frente de todos.

— Eu estou bem, Beomgyu. E você sabe que eu iria subir de qualquer jeito, principalmente depois de ver ele. E eu não enfrentei você.

— Não? Tem certeza? — Gosto de ouvir seu tom divertido e sorrio. — Agora todos vão pensar que podem falar comigo desse jeito.

— Deixa disso. Você precisa apenas fazer aquela expressão de chefe mal-humorado e todos vão andar na linha.

— Expressão de chefe mal-humorado? — Ouço sua risada, que causa efeitos estranhos em mim, mas familiares. Malditos arrepios. — Que cara seria?

— Ah, você sabe. — Ele nega, e eu reviro os olhos. — Você franze a testa, seus olhos quase se fecham e depois fala com a voz grossa e com uma postura séria. É assustador, mas não me intimida.

— Eu não sou assustador.

— Quando você quer, é sim. — Sorrio um pouco. — Mas não é estranho. Te deixa... — Paro de falar antes que eu diga besteira, e isso parece o divertir.

— Me deixa?

— Nada. — Deixo um selinho rápido em seus lábios e abro a porta do carro. — Te vejo amanhã.

— Hey, volta aqui. — Sua mão agarra a minha e me puxa de volta; fecho a porta automaticamente. — Pode dizer que eu fico muito sexy bancando o chefe mal-humorado... — Antes que eu pudesse negar e manter minha reputação intacta, sinto sua mão na minha perna, e minha respiração falha na mesma hora. — ... e que você adora ver esse meu lado.

— Eu não disse isso hora nenhuma. — Tento ignorar as sensações, mas é inevitável. — Não pode colocar palavras na minha boca, ainda mais um absurdo desses.

— Yeonjun, você não me engana. — Ele se aproxima, erguendo seu braço por cima dos meus ombros e se escorando no meu banco para conseguir chegar ainda mais perto. Não preciso dizer que sua aproximação me causou tremeliques. — Não precisa fingir; eu me sinto da mesma forma quando se trata de você, e nem por isso escondo o que penso ou sinto.

— Mentira. Você soube esconder direitinho quando chegou, fingindo que não se importava comigo.

— Eu não podia simplesmente chegar e me mostrar vulnerável a você. — Suas palavras me pegam de surpresa. Ele está quase me beijando quando se aproxima do meu ouvido, me causando um arrepio na espinha. — Porque era assim que eu me sentia, completamente vulnerável a você, dependente. E se passaram cinco anos; não queria demonstrar que me sentia assim mesmo depois de tanto tempo.

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