P.O.V YEONJUNBeomgyu me levou até a casa de Taehyung após a senhora Wolsen nos deixar sozinhos para se encontrar com algumas amigas. Fomos o caminho inteiro rindo de algumas lembranças, e em nenhum momento ele deixou de segurar minha mão, conseguindo dirigir com segurança usando apenas uma. Não me importo se estamos indo rápido demais; só o quero comigo.
Logo ele estacionou em frente à casa do meu melhor amigo, e o dia já havia ido embora, deixando a rua completamente escura, sem nenhuma iluminação dos postes.
— Tem certeza que não preciso te buscar? — ele pergunta preocupado, pela milésima vez, e eu nego novamente.
— Yoongi me leva, ou eu durmo aqui mesmo. Mas eu preciso conversar um pouco com o Tae. Sobre tudo. — Dou um sorriso fraco, e Beomgyu fecha a cara outra vez, pensando nas mesmas coisas que eu.
— Sinto muito que você tenha ouvido aquelas merdas da boca do Hendrick. Foi por isso que eu não queria você naquela reunião. Não queria encher sua cabeça com isso; não era necessário. Deveria ter me ouvido e não me enfrentado na frente de todos.
— Eu estou bem, Beomgyu. E você sabe que eu iria subir de qualquer jeito, principalmente depois de ver ele. E eu não enfrentei você.
— Não? Tem certeza? — Gosto de ouvir seu tom divertido e sorrio. — Agora todos vão pensar que podem falar comigo desse jeito.
— Deixa disso. Você precisa apenas fazer aquela expressão de chefe mal-humorado e todos vão andar na linha.
— Expressão de chefe mal-humorado? — Ouço sua risada, que causa efeitos estranhos em mim, mas familiares. Malditos arrepios. — Que cara seria?
— Ah, você sabe. — Ele nega, e eu reviro os olhos. — Você franze a testa, seus olhos quase se fecham e depois fala com a voz grossa e com uma postura séria. É assustador, mas não me intimida.
— Eu não sou assustador.
— Quando você quer, é sim. — Sorrio um pouco. — Mas não é estranho. Te deixa... — Paro de falar antes que eu diga besteira, e isso parece o divertir.
— Me deixa?
— Nada. — Deixo um selinho rápido em seus lábios e abro a porta do carro. — Te vejo amanhã.
— Hey, volta aqui. — Sua mão agarra a minha e me puxa de volta; fecho a porta automaticamente. — Pode dizer que eu fico muito sexy bancando o chefe mal-humorado... — Antes que eu pudesse negar e manter minha reputação intacta, sinto sua mão na minha perna, e minha respiração falha na mesma hora. — ... e que você adora ver esse meu lado.
— Eu não disse isso hora nenhuma. — Tento ignorar as sensações, mas é inevitável. — Não pode colocar palavras na minha boca, ainda mais um absurdo desses.
— Yeonjun, você não me engana. — Ele se aproxima, erguendo seu braço por cima dos meus ombros e se escorando no meu banco para conseguir chegar ainda mais perto. Não preciso dizer que sua aproximação me causou tremeliques. — Não precisa fingir; eu me sinto da mesma forma quando se trata de você, e nem por isso escondo o que penso ou sinto.
— Mentira. Você soube esconder direitinho quando chegou, fingindo que não se importava comigo.
— Eu não podia simplesmente chegar e me mostrar vulnerável a você. — Suas palavras me pegam de surpresa. Ele está quase me beijando quando se aproxima do meu ouvido, me causando um arrepio na espinha. — Porque era assim que eu me sentia, completamente vulnerável a você, dependente. E se passaram cinco anos; não queria demonstrar que me sentia assim mesmo depois de tanto tempo.

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Redemption
FanfictionAnos se passaram, caminhos opostos e vidas opostas. Depois da transferência de Beomgyu, seus caminhos nunca mais se cruzaram novamente, entretanto, isso irá mudar. Choi Yeonjun, diretor do Heaven, um dos maiores orfanatos de Londres, que no momento...