11 | Turquoise

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P.O.V YEONJUN

O sol que atravessa a camada fina e clara da minha cortina me desperta com grosseria, e eu xingo palavras de baixo calão mentalmente. Hoje é segunda-feira, dia de voltar à faculdade e encarar James O'Connor após o belo fora que eu dei nele há uma semana. Vai ser um pouco estranho, principalmente depois de ele deixar bem claro que sempre teve interesse em mim, mas que, em respeito ao meu trabalho, nunca disse nada. A semana já começou ótima! E, para completar, em quatro horas vou estar presente em um almoço com Beomgyu e seu filho.

Oh, Beomgyu!

Solto uma risada baixinha ao me lembrar da sua companhia. Me desloco um pouco e sinto seu braço firme encaixado na minha cintura e sua testa no meu ombro. Não me lembro em que momento nós ficamos tão perto, mas a sensação de ter suas pernas emboladas nas minhas logo pela manhã é muito boa. Basta eu me mexer um pouco na cama e solto um resmungo de sua boca, logo em seguida ouvindo sua voz rouca e baixa na altura do meu ouvido.

— Isso é muito melhor do que eu me lembrava.

— Isso?

— Acordar do seu lado. Principalmente quando você não está vestindo nada além de uma cueca.

— Desde quando você ficou tão safado? – Implico, rindo logo em seguida.

— Eu tenho quase trinta anos, Yeon. Achou mesmo que eu ia chegar nessa idade com a mentalidade do menino bobinho de 19 anos que namorava com você?

— Eu estava esperando por esse menino.

— Ontem a noite você não estava se contorcendo nessa cama por causa daquele menino. – Ele me provoca. O conjunto de suas palavras, o seu tom de voz e os beijos no meu ombro que vieram logo em seguida me deixaram desnorteado.

Suas mãos se moveram até a minha barriga sorrateiramente, seus beijos desciam e subiam num ciclo vicioso entre o meu ombro e pescoço, e minhas mãos coçam para toca-lo também. A sensação de ter sua pele quente na palma das minhas mãos é mais do que viciante e só de lembrar da noite de ontem tenho vontade de tocar todo o seu corpo.

Gosto de sentir esse poder que ele tem sobre o meu corpo, que reage aos seus estímulos evidentemente, nem mesmo consigo disfarçar. Mas não é justo que eu sofra sozinho.

Junto toda a minha força e escapo de seus braços, ficando por cima de seu corpo e apoiando minhas mãos sobre seu peito. Quente. Como eu havia imaginado.

— Você não é o único que sabe brincar. – Digo baixinho contra a sua boca, olhando bem no fundo de seus olhos antes de atacar sua boca sem pudor algum.

Beomgyu ergue seu tronco para conseguir acompanhar o ritmo do beijo, prendo minhas pernas em seu quadril quando sinto suas mãos subirem vagarosamente pelo meu corpo até se abrigarem na minha cintura e eu enfio meus dedos em seu cabelo. Desconheço uma sensação
melhor.

Fico surpreso ao notar o quanto a atmosfera ao nosso redor é bipolar e incontrolável. São ações automáticas, sentimentos confusos, porém maravilhosos e eu adoro estar com ele assim.

Já estou excitado e acordei a menos de dez minutos. Ainda preciso saber como isso é possível. Nunca senti algo tão forte.

— Yeon... – Imagino ouvir a voz da senhora Wolsen no corredor, mas estou tão vulnerável no momento que dispenso essa minha imaginação.

Me separo o suficiente para ele descer sua boca até o meu pescoço, pareço respirar com dificuldade na hora que sinto sua excitação por de baixo da cueca e um sorriso travesso surge no meu rosto. Eu preciso acordar com isso todos os dias da minha vida.

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