Capítulo 15

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Saindo do carro, Eren apressou seus passos para sair do estacionamento e chegar o mais rápido possível na sala onde Damian estava. "Tsk.", que garoto complicado, pensou com uma certa impaciência, já que quando a diretora ligou para seu número a primeira coisa que ouviu foi que seu filho estava se tornando um malcriado e rebelde. E isso era a última coisa que queria ouvir naquele momento. Antes disso, seu humor estava nas alturas, tinha sua liberdade agora e finalmente poderia seguir sua vida como um homem livre ao lado de sua família. Mas bastou somente uma ligação para estragar seu clima, e como se Kenny já soubesse o que tinha acontecido, ligou para Kuchel e logo lhe deu a notícia. Seu filho estava no hospital. Claro, ele ficou furioso. Durante quatro dias, Damian tinha semi integral e em nenhum deles veio visitá-lo, mas do nada decidiu vir justamente no dia que era integral. Ele não iria escapar dessa vez. Tinha que ter uma boa explicação, pois Eren não daria o braço a torcer. Levi está doente, e ele estava no tribunal resolvendo algo que determinaria de vez sua liberdade. Eles não tinham tempo, no momento, para estarem se preocupando com rebeldia descontrolada de um pré-adolescente.

Quando pôs os pés dentro do hospital, foi recebido pela vista de Kuchel parada em frente ao elevador, como se estivesse lhe esperando. O olhar distante da mesma a entregava, ela estava preocupada com algo e isso era claro, mas logo disfarçou quando viu o moreno vindo. Com um sorriso caloroso estampado em seu rosto, abriu os braços de uma maneira delicada, chamando o tão querido genro para um abraço. Apesar de não estar mais num clima legal, ele acabou sorrindo por não conseguir manter sua raiva quando a mulher acabada pelo tempo estava por perto. Para falar a verdade, Kuchel era tão legal e compreensiva, que era considerada como uma segunda mãe para ele.

"Eren, querido!" chamou suavemente, o que amoleceu o coração que estava duro pela irritação que sentia. 

Sorrindo de uma maneira doce, Eren a abraçou, quase sendo esmagado quando ela devolveu o abraço. "Estou feliz que tudo ocorreu bem."

"E-eu também." falou quase sem ar, suspirando de alívio quando ela soltou sua cintura e ele se viu livre daquele aperto. "E-"

"Conversaremos no caminho, vamos." 

Apertando um botão do elevador, ela entrou junto ao moreno. Já dentro, voltou a apertar outro botão, dessa vez para levá-los ao andar em que Levi estava. "Comece."

"Dessa vez eu pego aquele pirralho. O que ele pensa que está fazendo? De onde veio essa impulsividade absurda?! Ele me deve uma boa explicação. Moleque safado, não sabe cumprir acordos." resmungou emburrado, o que fez a mulher sorrir ao revirar os olhos.

"Parecido com você, certo?"

"Sim. Quer dizer, não. Um pouco, mas... Isso não vem ao caso, Kuchel!" choramingou, fazendo beicinho quando a mesma riu.

"Você não muda nunca, Eren. E isso é bom. Muito bom mesmo." disse num tom gentil, "Agora, me prometa que não será bruto com o Damian."

"Ma-"

"Aquele garoto é o filhote de vocês todinho, não percebe? A teimosia do Levi, a impulsividade sua. Damian esteve sofrendo nos últimos dias, Eren. Ele é alguém muito orgulhoso, entende? Talvez ele tenha ficado com algo ressentido em seu coração e não quisesse vir vê-lo, mas… Damian não dorme ou come direito há dias. Ele não quer demonstrar, mas é alguém que tem apego ao Levi. Dê um pouco de crédito a ele."

"Mas… O que o faria não querer vir? Eu sinto que tem muita coisa não sendo contada a mim, Kuchel. Mas eu vou descobrir."

Desviando o olhar do moreno, ela continuou: "Ouvi a conversa deles. Damian ouviu sobre a possibilidade dele ter tentado se dopar."

InocenteOnde histórias criam vida. Descubra agora