31-Livre

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A sensação de acordar com Sina ao meu lado era incrível, mas sabendo dos nossos atos da noite anterior só intensificaram a sensação. Ela estava encolhida debaixo do meu braço, seus fios claros espalhados pelo meu peito. Ela era minha e eu dela, dessa vez mais do que nunca.

Enquanto eu me perdia nos meus pensamentos, Sina deu um sobressalto acordando, logo depois gemeu de preguiça. Virei para o outro lado esticando minhas costas e Sina riu.

- Noah! Vai quebrar!

- Tenho costas estranhas- falei rindo.

- Vamos nos atrasar, temos que...- a beijei antes ela terminasse de ser sensata.

Sina segurou meu rosto e parou o beijo, me fazendo fechar a cara. Ela riu e levantou vestida com a minha blusa preta. Mesmo magra, Sina era tão perfeita. Suas manchas roxas pela pele pareciam deixá-la mais atraente, mostravam o quanto ela era forte por ter passando por tanta coisa.

- Ei!- exclamei quando ela jogou uma cueca na minha cara.

- Para de me olhar assim- ela disse rindo.

- Assim como?- saí da cama e abracei Sina por trás enquanto ela procurava uma roupa.

- Com essa cara de bobo- ela virou para mim.

Começamos outro beijo, mas fomos interrompidos por um barulho alto, Sina abaixou a cabeça.

- Isso foi a sua barriga?- perguntei e ela afirmou- ah Si, o que eu posso fazer?- segurei seu rosto.

- Prepara um copo do remédio pra mim, por favor- ela sorriu forçado- não se preocupe.

- Como não?- ela me beijou.

- Te amo.

- Te amo- deixei um último selinho em seus lábios e saí do quarto.

Eu também estava com fome, então preparei um pão com geleia para mim depois que fiz o diluído da Sina. Preparei nossos cafés e escondi meu prato atrás do balcão quando ouvi ela se aproximando.

- Que isso?- ela riu fraco, talvez pelas minha bochechas cheias e minha mão atrás do corpo.

- Que?- perguntei terminando de engolir.

- Não faz isso, eu estou bem- ela sorriu e pegou o copo do remédio, bebendo tudo de uma vez.

Aquilo era horrível, tinha gosto de aço e sovaco, não sei como Sina conseguia tomar sem reclamar. Terminei de mastigar meu pão e joguei o resto na lixeira, olhei para a minha namorada, ela parecia distante.

- Hey- levantei seu rosto segurando seu queixo- tudo bem?

- Aham- ela segurou minha mão e beijou a ponta dos meus dedos- vou terminar de me arrumar- sorriu e voltou para o quarto.

Apoiei os cotovelos no balcão e abaixei a cabeça, eu tentava não sentir pena da Sina, mas as vezes ficava difícil...

[...]

- Sofya, eu não sei dizer isso!- falei pela décima vez.

Quando Sina e eu chegamos na escola, ela correu para a coordenação e eu fui guardar algumas coisas no meu armário, encontrando Sofya no caminho.

- Tenta de novo! Por favor Noahzito- ela fez uma carinha que a deixou mais fofa do que ela é, não consegui resistir.

- Ok, repete- ela sorriu e voltou a me gravar.

- Mladshaya sestra.

- Saúde.

- Noah!

- Tá. Mladshaya sestra- falei e fechei meu armário, Sofya deu um gritinho e pulou em mim.

Happier🌻NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora