Confissões

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Os dias foram passando. Rose mantinha-se uma líder orgulhosa, seu grupo estava crescendo e estavam ganhando mais adeptos.

― Fiquei sabendo que o grupo de Nancy não conseguiu autorização para os elfos folgarem de sábado, parece que a McGonagall desistiu de ajudar.

Rose sorriu com a informação dada a ela na terceira reunião. Começaram a conversar pensando em algo que poderiam fazer pelos elfos para ajuda-los que não fosse tão brusca como folgas nos finais de semana e que a diretora não pudesse dizer não. O melhor é que ela tinha apoio de um dos elfos, ele começou a ajudá-los quando viu que eles estavam preocupados com a vida deles.

Um dia sua mãe havia lhe contado a história de Dobby um elfo diferente de todos que ajudou ela, seu pai e seu tio a não morreram na mão de Voldemort e comensais da morte uma vez. Coincidentemente ou não Dobby tinha como dono os Malfoys, até seu tio Harry dar um jeito de libertá-lo. Decidiram que iam propor a McGonagall que eles teriam folgas dois dias da semana, mas não todos juntos para que a escola não ficasse sem ajudas por dois dias inteiros e exigiram no papel o pagamento de férias, como qualquer trabalhador normal uma vez ao ano.

― Afinal minha mãe já conseguiu que eles recebam um salário, um salário pouco, sabemos disso, diante de tudo que fazem e precisam de férias como qualquer trabalhador normal.

Estava orgulhosa de todos. Seu grupo era falado em todos os lugares do castelo, sentia-se importante. Estava orgulhosa de tudo o que estavam fazendo.

Scorpius a observava em todos os seus jeitos e maneiras de lidar com as situações, ela era caridosa com cada um que a procurava, escutava a todos e absorvia o que achava interessante para acrescentar em seu grupo. Ela parecia brilhar, estava conseguindo realizar aquilo que sempre almejou e não se aguentava de felicidade. Mas mesmo assim, mesmo com todo carinho e atenção dada às outras pessoas quando o assunto era ele, Rose era sempre fria e soltava seus espinhos.

― Não é assim que faz, use seu cérebro pelo amor de Merlim! – brigou uma vez que viu ele escrever um memorando errado para entregar a McGonagall.

― Não posso pedir nada para você fazer – resmungou outra vez quando ele falou que não tinha conseguido assinatura de elfos o suficiente para levar a diretora.

Scorpius levava todos os espinhos em cima dele e estava cada dia mais cansado do jeito dela. Desta forma parou de pegar na mão da garota, parou de provoca-la com apelidos que ela odiava como pétala delicada, parou de tentar abraçá-la sempre que surgia a oportunidade.

― Você está estranho – ela confessou uma vez no final de uma reunião, quando só tinha ficado os dois na sala – Parece que não fala mais comigo como antes.

Ele negou com a cabeça evitando encará-la.

― Estou farto – foi a única coisa que falou antes de sair da sala a deixando sozinha.

Rose mais do que nunca não estava entendendo o comportamento dele. Scorpius havia mudado muito, era por causa dele que ela tinha ganhado tanta notoriedade, mas parecia que ele tinha cansado dela.

Já estava perto de dezembro e o garoto não se importava mais em ganhar aposta nenhuma, sabia que teria que cumprir o castigo. Rose jamais o olharia diferente a ponto de lhe beijar porque queria. Seus amigos, se assim poderia dizer, riam toda vez que ele dizia que era impossível cumprir a aposta. Na verdade ele não se importava mais em cumprir o castigo ele queria era entendê-la, queria que ela o olhasse diferente. Não queria admitir que estivesse olhando para ela de uma forma diferente, olhando de um jeito que não tinha olhado garota nenhuma.

A rosa indomávelOnde histórias criam vida. Descubra agora