Novas lições

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Scorpius olhava a garota a sua frente sem saber o que responder, queria namora-la é claro, nem que fosse de mentira, mas não com todas essas regras e pior com punições se desrespeitasse alguma delas. A única que queria e tinha que desrespeitar era a do beijo. Mas pensou em uma solução.

― Posso só acrescentar um parêntese nessa história do não beijo?

― Não existe parêntese na regra do beijo – negou automaticamente.

― Só me escute – pediu. Ela deu de ombros o que fez ele prosseguir – Poderia ter o beijo sem nascer furúnculos se...

― Não existe beijo sem furúnculos – negou automaticamente.

― Se... – ele levantou o dedo indicador na frente do rosto dela fingindo que não tinha ouvido suas palavras – você me beijar.

― Eu? – ela começou a rir – É claro que não vou te beijar.

― Já que nunca vai acontecer pode colocar isso no contrato então.

Rose estreitou seus olhos para ele.

― Se eu te beijar não nasce os furúnculos. Agora se você me beijar nasce?

― Digamos que ter a iniciativa do beijo. E aí, tem como colocar esse pequeno detalhe no contrato? – ele ergueu o papel no ar – Ou você está com medo de sucumbir a vontade de me beijar?

― Faz me rir – ela deu uma risada sarcástica a ele. Pegou o papel da mão dele e acrescentou palavras no final.

Ambos assinaram o papel selando o acordo.

Enquanto assinava Scorpius pensou que ainda bem que era um contrato e não um voto perpétuo, não tocaria no assunto para não dar ideias para a garota. Já era louca o suficiente.

xx

Sempre que estavam juntos Anne e Dave estavam se agarrando. Parecia que tinham nascidos grudados um ao outro. Pelos corredores as pessoas ficavam rindo e comentando. Inclusive Lily escutou pessoas chamando eles de “casal sucção” e aquilo era extremamente constrangedor. Beijavam-se como se não houvesse amanhã, mas quando se separavam era um silêncio ensurdecedor.

Ficavam olhando um para o outro ou para os colegas em volta. Era Hugo quem acabava tentando puxar assunto enquanto Lily tentava não demonstrar a dor em seus olhos. Lembrava-se do beijo que trocara com seu grande amor e não compreendia como ele conseguia fingir que aquele momento não tinha acontecido e ainda por cima continuava beijando Anne na sua frente.

― Estou começando a anotar a lista de artefatos trouxas que nossos colegas têm interesse, deixarei vocês colocarem no topo da lista e faço um pequeno desconto. - Hugo disse interrompendo o beijo que estava se iniciando. Arranhou a garganta e fez os amigos ficarem atentos.

― Hugo, qualquer dia a diretora descobre esse seu “negócio” que eu chamaria de contrabando. – Lily finalmente esboçou um sorriso.

― Se nenhum cliente contar ela não descobrirá. E se algum cliente contar ele ficará sem nada e os outros transformarão a vida dessa pessoa em um inferno. – Hugo deu de ombros.

― Os garotos jamais contariam. – Dave disse rindo. As revistas que a maioria dos meninos compram são aquelas que escondem embaixo da cama.

A rosa indomávelOnde histórias criam vida. Descubra agora