Capítulo 39

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Deixei o Tom com a Mari e fui dar olhada em um outro paciente meu que estava na UTI mas depois que examinei o mesmo autorizei a ida dele para o quarto. Estava indo pro vestiário que nós atendentes usávamos pra tomar banho e nos trocar quando vi o Gabriel vindo na minha direção.

- Tá fazendo o que aqui? - perguntei e ele me abraçou

- Não tenho aula hoje e minha avó foi resolver algumas coisas - explicou

- Aí decidiu dar um passeio? - perguntei e começamos a dar

- Isso mesmo - confirmou - Animar o dia e vim visitar a tia Mari

- Animar o dia em um hospital? Isso só comprova que você é um Andrada - falei e ele riu

- Eu sou a sua cópia segundo a vovó, pra mim isso bastava - brincou

- Não muito - falei rindo - Escuta depois que você visitar a Mariana vai no andar da pediatria

- Pra que? - perguntou confuso

- Eu montei uma área com todos os tipos de vídeo game que você consegue imaginar uns servem até pra fisioterapia - contei - E fiz uma igualzinha no centro oncológico pediátrico

- Eu preciso ver isso - falou animado

- Vai lá e me diga o que achou - falei e ele sorriu

- Vou na tia Mari e passo lá - falou me olhando

- Ta bom - falei e ele se afastou

Aproveitei que eu já tinha feito tudo e fui tomar um banho pra dar um acordada e assim que eu me vesti fui pra sala dos médicos tomar um café.

- Rafael - terminei de encher a caneca e olhei pra uma médica que tinha entrado

- Alessandra - acenou com a cabeça

- Vi o Gabriel pelo hospital - comentou - Ele está bem?

- Está sim - confirmei - Foi só uma visita

- Desfrutando daquilo que será dele um dia - pegou uma caneca - Não é?

- Quem sabe - bebi um pouco

- Claro que é - sorriu - Ele é o seu único herdeiro

- Dizem que sim - falei e ela bebeu

- Pretende ter mais? - perguntou como quem não quer nada

- Não sei - falei bebendo - Licença

- Tem compromisso? - perguntou e na hora eu entendi - Podemos relembrar os velhos tempos, né?

- Eu realmente -  comecei a falar mas a  mesma me interrompeu se aproximando

- Uma rapidinha, Rafael - passou a mão no meu jaleco e tentou me beijar mas eu virei o rosto

- Tem nenhuma criança pra colocar no mundo não? - perguntei me afastando

- Vai se fazer de difícil? - perguntou rindo baixo

- Só não quero mesmo - falei simples

- É um jogo novo? - perguntou maliciosa

- É sim - concordei - O jogo do eu não tô afim

- Você sempre tá - falou óbvia e eu bebi o resto do meu café

- Nem sempre, agora mesmo eu não tô afim - falei indo até a pia e lavei a caneca rapidamente

- Sei - falou e quando eu ia sair da sala ela me puxou - Eu tenho plantão hoje e vou te esperar 19:30 lá no quarto - falou se referindo ao quarto que os médicos tinham pra descansar e acabava que aproveitamos, tinham vários espalhados pelo hospital

NatháliaOnde histórias criam vida. Descubra agora