Capítulo XVIII- "Sammy, o que está fazendo?!"

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    Capítulo XVIII- “Sammy, o que está fazendo?!”

Quando Penemue gritou — MATEM ELES! — pensei que era o nosso fim de verdade, mas Melinda parecia prever o que aconteceria antes mesmo de acontecer.

  Quando me abraçara anteriormente, ela havia me perguntado sobre a moeda que tinha confiado em meus cuidados. No começo, eu não tinha entendido muito onde ela queria chegar, mas ao perceber a verdadeira essência maligna daquele caído, eu havia entendido que precisávamos urgentemente de um plano de fulga e Melinda já tinha providenciando isso.

Ao menos eu rezava ao pai ceslestial que ele estivesse pronto na mente da garota ou pelo menos parte dele.
   
   De primeira fiquei surpreso, ninguém se mexeu. Até a tal de Sammy parecia anestesiada com o pequeno grande discurso de Melinda. Não julgo, foi mesmo motivador, porém apenas para os seguidores de Lúcifer, para alguns Nephilins aquelas palavras até poderiam soar como ameaças ao nosso jeito de viver. Mas, eu confiava em Melinda e isso bastava por enquanto.

— O QUE OS BASTARDOS ESTÃO ESPERANDO?! EU DISSE MATEM ELES!!! Penemue gritou.

  Logo as feições estáticas dos seus seguidores se transformaram em puro ódio e prazer libidinoso. As bruxas sorriram perversas na direção de Lia, sacando atrás de si pequenos punhais de prata obscura envelhecidas, enquanto saiam de trás do seu líder se aproximando lentamente do nosso trio. Agarrei a minha amiga pelo pulso juntando ela ao meu corpo, eu não iria deixar que ninguém a machucasse.

— Fique perto… Pedi, ela assentiu em um baixo murmuro.

  Os três seguranças restantes foram se aproximando devagar de Melinda, fazendo a mesma recuar quando eles sacaram tasers acoplados aos cassetetes que eles carregavam na cintura. A ponta da média ferramenta soltavam pequenos raios azuis em alta voltagem que em contado em locais específicos, deixariam qualquer um bastante debilitado.

AH AH AH AH AH…!!! Não tem como escapar, meus queridos. Vocês não tem força e nem armas para enfrentá-los. — Penemue sorriu satisfeito — Kang Jin, fique comigo, jure amor e lealdade a mim e eu deixo você viver. Sugeriu me lançando um olhar sedutor.

— Obrigado, mas não! Recuso firme e um pouco enojado.
Não me levem a mal, Penemue era muito atraente, mas em compensação era perverso e nojento.

Eu preferia a Lia.

O caído me lança mais um olhar, porém tomado por mágoa e ódio por ter sido rejeitado. Acho que o mesmo não está acostumado a perder, mas se dependesse de mim logo ele se acostumaria com a sua nova condição.

— Então… MORRA! Gritou irado.
   
Os seus seguidores nos cercaram.

KANG, AGORA! Melinda gritou ao meu lado.

   Em um rápido movimento agarrei a moeda em meu bolso e joguei com vontade para o alto, na esperança de uma ajuda que nos tirasse daquela situação mortal. O círculo dourado girou duas vezes no ar até se alongar e se transforma em duas armas de Ouro Celestial. Uma longa espada e uma lança de ponta vermelha surgiram da pequena superfície. Agarrei o punho da espada com agilidade e Lia pegou a lança sem dificuldade.

“uma bainha encantada. Rara, mas muito útil naquele momento…” Pensei, enquanto passava o olhar rapidamente pela beleza da lâmina em minhas mãos.

Ela zunia em resposta ao meu toque, como se reconhecesse e aceitasse o novo dono que a impunhava. Ouvi a Lia sorri também satisfeita com a seu novo presente.

— Mel e você? Perguntei preocupado com a garota desarmada.

Ela me olhou sorrindo.

— Eu não preciso... Disse, então os seus olhos se tornaram negros e o seu rosto macabro como da vez em que havia enfrentado a Samantha.

Herdeira do EscuroOnde histórias criam vida. Descubra agora