Capítulo XXII- Wailing Sea

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- O que estão esperando?! - questionou decepcionado com a nossa reação a sua exagerada recepção. - Subam logo. O Falling Caos precisa partir!

Era nítido o quanto os nossos corpos e mentes estavam submersos nas profundezas da inércia. Ninguém podia nos julgar nem mesmo o esquisitão a frente.

Traidores do caos era uma denominação intimidadora e aquela embarcação assustadora.

O casco de cobre brilhava em uma luz metálica fantasmagórica misturada as pesadas tábuas de carvalho negro entalhadas em diversos desenhos minúsculos. Eu me perguntava. Como aquela coisa ainda flutuava? Mas, era só olhar para as velas negras com um enorme símbolo chifrudo vermelho ao centro, para entender que aquele não era um barco horrendo comum e sim, o barco horrendo do rei do inferno.

A banheira negra-acobreada flutuante era só mais um dos ítens que se adicionava a minha lista de coisas pavorosas no submundo.

Quando olhei mais uma vez para o carinha que comandava a banheira gótica flutuante decidir fervorosamente de nunca colocar os pés naquela coisa.

O homenzinho esquisito vestia um tradicional uniforme azul da marinha com direito até ao distintivo com quatro galeões dourados na manga do jaquetão. Porém, o que destoava em suas vestes tradicionais de uma maneira bem esquisita era o enorme chapéu de pirata em sua cabeça.

Uma pluma branca de mais ou menos sessenta centímetro saia da larga aba manchada em tons disformes de marrom. Essa última caía sobre a sua face, deixando visível apenas a ponta do nariz redondo e os lábios finos totalmente cinzas iguais ao restante de sua pele. Os dedos grossos também cinzas, seguravam uma corda presa em algum lugar do mastro principal, enquanto a outra, descansava junto a espada com o punho dourado ornamentado preso na bainha em sua cintura.

O último detalhe que me fez fincar os pés na madeira podre e concluir que não daria mais nenhum paço, foi o sorriso de canto que aquele cara tinha. Totalmente dissimulado e tomado pela a mais pura loucura que me deixou todo arrepiado.

Aquela criatura era apta mentalmente a velejar uma embarcação?

Eu não iria pagar pra vê.

Não mesmo!

Fui o primeiro a dar um paço atrás e mais alguns enquanto os meus amigos avançavam tranquilos como se aquilo fosse uma excursão escolar e não uma passagem para morte.

- Vamos. É seguro. Melinda disse com confiança.

Eu claramente neguei agitando a cabeça negativo com força.

O meu peito subia e descia descontrolado, enquanto os meus pés se atrapalhavam na tarefa de se afastar o máximo que as pernas trêmulas conseguiam.

Eu estava com muito medo, cansado, com fome e começando a sentir que os meus sentidos estavam sugando sorrateiramente as energias ruins que rondavam cada centímetro daquele lugar.

Eu não queria sentir novamente o que senti na floresta, lembrar do que escondi as sete chaves como lembrei nas ilusões, sugar o que suguei nos objetos guardados há milênios naquela loja velha e muito menos queria avançar mais nenhum centímetro daquele lugar.

Então, continuei o que fazia.

Me afastei destrambelhado até cair de bunda no chão e deixei a minha espada deslizar madeira a fora.

Herdeira do EscuroOnde histórias criam vida. Descubra agora