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- Ela não vai sobreviver! — uma das auxiliares exclamou.

- Ela tem que sobreviver! — Justin gritou, tentando fazer o sangue parar de sair do estômago da garota.

A cirurgia estava indo tão bem.

O ferro havia sido retirado e o duodeno poderia voltar com os devidos cuidados médicos apesar das fortes dores.

Mas ainda eram no intestino. E a hemorragia só piorou depois de algumas horas dentro daquela sala repleta de pessoas sem fé.

- Doutor, ela perdeu muito sangue. A hemorragia só piora, ela vai morrer. — um dos médicos disse, tentando fazer alguma coisa.

- Eu ainda estou aqui, não estou?! Por que não pensou nisso enquanto ficava vagabundando pelo hospital? Talvez ela ainda estaria viva se um médico estivesse esperando para recebê-la.

- Eu estava fumando.

- No plantão! Na porra do plantão! Você tem um trabalho aqui, quando você vê uma ambulância você apaga o cigarro e vem salvar a vida de uma pessoa. Se você não liga para sua saúde, pelo menos ligue para a do seus pacientes.

- Doutor Adams, você está muito nervoso... — uma das médicas auxiliares murmurou.

- Só me passe a droga da agulha! — ele gritou, sentindo o suor escorrer frio por sua testa.

- Doutor... — o chefe do hospital fora chamado, entrou na sala de cirurgia tentando parar o cirurgião cardiovascular. Porém, foi ignorado. — Justin, já chega! — gritou conseguindo finalmente chamar atenção do garoto.

O Adams abaixou a máscara, sujando a mesma de sangue, enquanto encarava o chefe com um olhar atordoado.

E quando o barulho que indicava que o coração da vítima foi parado preencheu a sala, fazendo Justin simplesmente sair sem olhar para nenhum dos presentes.

Ronald suspirou e olhou no relógio de pulso.

- Hora da morte: 17:56.


                                        

                                        

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Hope estava deitada na cama de "seu" quarto, olhando para o teto entediada.

Estava feliz. Havia conseguido falar com o chefe de Justin, e ele lhe deu aprovação para fazer um teste e provar que podia exercer sua função como nova pediatra do hospital, além de claro, pedir ao namorado dela para que quando viesse lhe trouxesse tudo o que precisava.

Mas não tinha nada para fazer!

O celular e os livros haviam ficado na Filadélfia, e ela ainda se sentia uma intrusa na casa de Justin, então não sairia pegando os livros ou ligando a televisão sem pelo menos pedir antes. Salvaram a vida dela, mas isso não fazia deles amigos íntimos da mesma.

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