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Felícia e Ryan chegaram ao apartamento de Justin e Austin quando Hope já havia voltado para casa. Os dois detetives prepararam tudo para irem direto a penitenciária depois que deixassem a Collins em casa, e quando a médica chegou, adiantou tudo ao Adams, que ajudou-lhe a explicar melhor a situação ao Montgomery e a Morgan mais nova.

O clima não podia estar pior; e Justin sabia que aquilo iria piorar de certa forma quando Carrie soubesse e se encontrasse com a japonesa, afinal, ambas tinham o pavio muito curto, ainda mais quando se mexia com uma companheira. Ele sabia que a legista forense talvez sequer iria se conter caso visse Raul Potter na delegacia como se nada estivesse acontecendo.

Internamente agradeceu a Deus por ela e Corey estarem no trabalho revirando corpos a uma hora daquelas. Sabia que seria inevitável esconder algo assim dela, mas no momento ela também tinha que se concentrar no trabalho, assim como ele, Hope e Felícia tinham que retornar em alguns dias para o hospital e teriam de estar preparados.

Com todos os acontecimentos da morte de Alison sob a supervisão deles, o chefe do hospital e da ala cirúrgica mesmo dando uma folga, os pediu discrição com os outros médicos após o retorno e muito trabalho duro e até estudo para ajudar os internos e os residentes.

O celular de Ryan tocou no meio da sala, tirando o foco do Adams de seus próprios pensamentos.

- Alô? — o rapaz atendeu, engolindo em seco, já sabendo quem era. — D-descupe, sei que tínhamos que ter ligado antes, mas não tivemos tempo e... C-claro, vou passar para ela, senhor. — ele tirou o aparelho do ouvido, tampando o microfone com uma mão e estendendo ele em direção a Hope. — É seu pai.

A menina tossiu, quase se engasgando com a própria a saliva.

Era a primeira vez em semanas que falaria com seu pai; não estava com medo, afinal, mesmo sendo um homem poderoso e extremamente rígido, principalmente com ela, ele sempre lhe amou e cuidou bem dela.

Só estava nervosa. A vontade de chorar tomou conta se si quando tomou o celular entre seus dedos, sentindo saudade do abraço do seu pai.

- Hope? — a voz do senhor Harold Collins fora ouvida embargada pela médica do outro lado da linha.

- Oi, pai. — o coração dela apertou e as lágrimas começaram a descer sem controle pelos seus olhos.

- Filha, por favor... — o senhor também chorou. — Não assuste seu pai desse jeito mais, eu te peço. Me perdoa, meu amor, me perdoa.

Where Is The Love?Onde histórias criam vida. Descubra agora